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Gigantes de TIC fazem lobby por subsídio de US$ 50 bilhões para fabricação de chips nos EUA

O Governo Biden vive um problema significativo por conta da escassez global de chips. De um lado enfrenta a pressão das montadoras de automóveis, que querem obrigar o fornecimento de chips – mesmo que tirando das teles e das empresas de PCs – para manter a produção.

De outro, as gigantes de TI se uniram. Apple, Microsoft, Google (Alphabet), Intel, AWS e outras empresas como Cisco, Verizon e AT&T formalizaram a criação da coalização americana de semicondutores. A entidade reivindica a disponibilização de um fundo de US$ 50 bilhões de subsídio, já batizada de Lei dos Chips, para o retorno da fabricação de chips nos Estados Unidos.

“O financiamento robusto da Lei CHIPS ajudaria os Estados Unidos a construir a capacidade adicional necessária para ter cadeias de abastecimento mais resilientes para garantir que tecnologias críticas estarão disponíveis quando precisarmos delas”, disse o grupo em uma carta entregue aos líderes democratas e republicanos em ambas as casas do Congresso dos EUA. Mas a pressão também vem das indústrias automotivas. A Ford já comunicou que deverá reduzir pela metade a sua produção por falta de chips.

Até o momento, o governo Biden não se posicionou, até porque a disputa envolve dois grupos muito fortes e significativos para a economia norte-americana. As gigantes de TI sustentam. “O governo deve abster-se de intervir enquanto a indústria trabalha para corrigir o atual desequilíbrio entre oferta e demanda que está causando a escassez”.

No Brasil, a situação não é diferente. De acordo com a Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores), cerca de 90% dos semicondutores usados por aqui são importados. O país representa cerca de 2,5% do mercado mundial de US$ 470 bilhões. Os grandes players do mercado de chips são quatro, em ordem de valor de mercado: TSMC (US$ 600 bilhões), NVidia (NVDC 34, US$ 390 bilhões), Intel (ITLC34, US$ 245 bilhões) e AMD (A1MD34, US$ 100 bilhões), e todos devem sofrer consequências positivas ou negativas dessa crise.


*Com informações da Reuters

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