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Para IBM, Brasil precisa avançar muito mais na transformação digital

Há gaps em todas as verticais quando se fala em adequação à jornada digital, admite o presidente da IBM Brasil, Tonny Martins. Segundo ele, apesar dos avanços, ainda há muito por fazer para definir que uma companhia é, de fato, digital. “O risco da fragmentação, por conta das diversas iniciativas é real. O nosso recado é: Não permitam a criação do legado digital. As iniciativas têm de ser organizadas e comandadas pelo CEO”, reforçou o executivo, em encontro com a Imprensa, nesta quarta-feira, 05/12, em São Paulo.

Desde que a IBM investiu em Inteligência Artificial, com o Watson, a companhia tem um mantra: IA não pode ser reduzida aos chatbots ou avatares. Inteligência Artificial vai muito além e significa transformar o negócio. O cliente passa a ser o grande alvo a ser conquistado. “Estamos com projetos, como o da Volkswagen, que quer o carro cognitivo para ficar mais próximo do cliente que usa o seu produto. Até então, a Volks não tinha contato nenhum com esse usuário”, enumera o VP de Estratégia Digital, Ricardo Barbosa. A companhia também passa pelo processo de licitação da TIM, a primeira operadora brasileira a adotar de uma maneira integrada, uma plataforma de IA. O resultado da concorrência deve ser conhecido até o final deste ano.

Indagado como a IBM, uma empresa tradicional, se prepara para não ser ‘engolida’ pelas novas companhias da era digital, Tonny Martins diz que a transformação precisa acontecer na carne. “Nós mudamos todo o nosso processo. A jornada digital nos fez investir muito em capacitação dos nossos funcionários e do nosso board. Transformação digital não é digitalizar ferramentas. Não é ter um app. É muito mais. É uma guinada no modelo de negócios. Nós fizemos isso”, afirmou o executivo.

Tonny Martins evitou dar números, mas afirmou que 2018 foi um ano bom para a IBM Brasil. “Continuamos com o nosso ritmo de crescimento”, sustentou. 2019 chega com boas perspectivas. “Não dá mais para evitar investimentos em TICs. O governo terá de investir mais. As empresas já estão entendendo que tecnologia não é custo, mas investimento”.

Como meta de negócios, a IBM quer aproveitar o novo ano para usar o ecossistema para se aproximar ainda mais das pequenas e médias empresas nacionais. “Precisamos ficar mais próximas e as novas tecnologias democratizaram o acesso. Hoje todo mundo tem acesso à tecnologia. A explosão dos dados é uma realidade e haverá a necessidade de infraestrutura de TI”, completou o executivo.


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