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SAP: Recuperação econômica do mundo passa pela sustentabilidade na prática

A sustentabilidade não é um discurso e muito menos um acessório no debate econômico-financeiro do mundo hiper conectado, sustentou e webinar realizado nesta quinta-feira, 21/01, o CFO e líder do Comitê de Sustentabilidade da SAP Brasil, Paulo Mendes. “A Covid-19 provou isso ao virar o mundo em 2020. A questão ambiental e social teve repercussão imediata no econômico”, pontuou o executivo. Na SAP Brasil, ESG ((ambiental, social e governança, na sigla em inglês) é estratégico desde o ano passado e as ações só se multiplicam.

Mendes lembrou que o papel da SAP é crucial para mostrar a relevância da sustentabilidade. “A SAP é uma empresa sem fábrica, sem estoque, sem logística. A SAP faz tecnologia e tem sustentabilidade como prioridade por entender que não há sociedade sem a união da economia, do meio ambiente e do social”, afirmou o executivo. No Brasil, por exemplo, 86% das 81 empresas que faziam parte do Índice Ibovespa ao final de 2020 são clientes da SAP. “E nossa missão mostrar para eles que a sustentabilidade não é um discurso. Nós queremos ser os capacitadores dos clientes nessa área”, reforçou.

Uma das ações da SAP é o investimento na formação de mão de obra em jovens sem acesso direto à tecnologia. Batizada de Learning for Employments, a iniciativa foi lançada no ano passado e planeja capacitar 4000 jovens no uso das ferramentas da SAP até 2023. A companhia está investindo R$ 7 milhões. “Esses jovens têm uma orientação mais voltada à sustentabilidade. Eles estão preocupados com as questões ambientais. Queremos que eles entendam a relação tecnologia/sustentabilidade”, afirmou.

Na prática

No webinar, a SAP anunciou que a startup brasileira Safe Drinking Water For All (SDW), que tem como objetivo promover a democratização do acesso à água potável e ao saneamento básico em comunidades carentes por meio de soluções inovadoras, foi a vencedora da quinta edição da Social Innomarathon, competição regional organizada pela SAP em parceria com o Social Lab para promover o empreendedorismo com impacto social na América Latina, por meio de modelos de negócios B2B sustentáveis nos quais a tecnologia tem papel de destaque.


Anna Luisa Beserra, fundadora e CEO da SDW, conta que teve a ideia em 2013 e somente em 2019 conseguiu colocar em prática. “Água é o pilar de tudo. Sem água, não há economia. E muita gente ainda pensa que água transparente é água potável, quando muitas vezes não é assim que funciona”, contou. Na prática, o projeto Aqualuz, que na prática, propõe a desinfecção solar da água. E hoje, contou Anna Luisa Beserra, a cada R$ 1 real investido, o retorno apurado já está em R$ 14.00. “Não é simples investir em ciência no Brasil, mas sempre quis ser cientista e sempre com o viés social. A ciência fazendo o bem para quem não tem acesso”, contou.

A competição que premiou a SDW, a Social Innomarathon recebeu 400 inscrições de mais de 19 países da região. A SDW foi escolhida pelo júri da SAP e do Social Lab pelo grande potencial de impacto social, em consonância com alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em particular, Objetivo 6, “Água limpa e saneamento”.

“Durante a Social Innomarathon, mais de 200 pessoas foram beneficiadas com nosso projeto, adicionamos um novo Estado à lista e geramos contatos internacionais para expandir internacionalmente”, comemorou Anna Luísa Beserra Santos, fundadora e CEO da SDW. A startup alcança mais de 400 famílias em três estados do Brasil.

Como vencedora da Social Innomarathon, a SDW vai receber um prêmio de US$ 5 mil para investir no empreendimento, três meses de suporte personalizado do Social Lab e um ano de suporte virtual liderado por Matheus Souza, head de inovação do SAP Labs. Outro benefício é o acesso ao ecossistema de clientes e parceiros da SAP que podem contribuir para acelerar o projeto quando houver sincronia, por exemplo, entre os objetivos de ESG das empresas e a SDW.

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