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TI avança dois dígitos e mercado de TICs tem crescimento previsto de 4,9% no Brasil

Segurança da informação, inteligência artificial, gestão de dados/ big data analytics, nuvem pública, internet das coisas, arquiteturas modernas e DevOps, amadurecimento do mercado de dispositivos, fortalecimento dos provedores, SD-WAN e serviços gerenciados são, de acordo com a IDC, as principais tendências no setor de tecnologia da informação e telecomunicações no Brasil em 2019. Ao apresentar, nesta terça-feira 5/2, em coletiva de imprensa, os dados do IDC Predictions Brazil, a consultoria projetou um crescimento de 4,9% para o setor de TIC este ano. Desdobrando os números, TI avançará 10,5%, impulsionada pelo segmento de dispositivos, enquanto telecomunicações sofrerá uma pequena retração de -0,3%, mantendo a tendência dos últimos anos. 

A IDC não confirmou a previsão feita para o ano passado de crescimento de 2,2% para o mercado de TICs, explicando que os números não estão fechados ainda. No entanto, Pietro Delai, gerente de consultoria e pesquisa da IDC Brasil, destacou que há, sim, sinais evidentes de uma retomada para 2019. “O mercado está dizendo que vai ter mais budget, está otimista. Falamos sempre com os dois lados, fabricantes e consumidores, e eles estão sinalizando melhora e nós estamos projetando em cima disto”, disse. A IDC entrevistou cerca de 2 mil fabricantes e 15 mil usuários de tecnologia na América Latina. O Brasil responde por metade deste mercado, disse Delai.

Sem mencionar nominalmente a transformação digital entre as dez previsões, Delai lembrou que muito do crescimento será puxado por esta disruptura. “Não tem como fazer a digitalização sem uma boa infraestrutura. A transformação digital gera investimentos e é um driver, mas que as empresas não explicitam isto quando estão comprando, por exemplo, um servidor. Mas ela está acontecendo e vamos ver de maneira mais intensa nos próximos três anos”, apontou.

“Ir para cloud, processar um maior volume de dados. Isto tudo faz parte do universo de transformação digital”, completou. Delai Na apresentação de 2018, Denis Arcieri, diretor-geral da IDC Brasil, já havia apontado para esta tendência. À época, ele afirmou que a crise estava fazendo as corporações brasileiras avaliarem suas operações e a se reinventarem abrindo oportunidade para darem o primeiro passo na jornada da transformação digital.


O avanço da chamada terceira plataforma também segue em alta. Conforme explicou Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria de consumer devices da IDC, pesquisas com CIOs indicam os caminhos dessa migração, como, por exemplo, o maior uso de nuvem e big data analytics entre as prioridades de TI e a redução de custos e o aumento de produtividade entre os impulsionadores das áreas de negócio para direcionar os investimentos em tecnologia. “Houve um avanço da terceira plataforma. E este entendimento nos leva a crer que existe espaço para migração do modelo de Capex para Opex, que também auxilia e direciona o mercado para um mundo como serviço”, disse Sakis.

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