Dados coletados em excesso funcionam como um lixo tóxico
A GPDR europeia e a lei de proteção de dados pessoais brasileira obrigam as empresas a repensarem seus processos de coleta e tratamento de dados e a repensar a forma de gastar dinheiro com essas informações desnecessárias, afirmou o diretor de Pesquisa do Gartner, Felix Gaehtgens, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 14/08, em São Paulo.
“Dados desnecessários coletados funcionam como lixo tóxico, que provoca um sério problema para o descarte no mundo. As leis de proteção de dados determinam um cuidado maior das corporações na coleta e no tratamento dessas informações, já que a venda deles terá de ser revista. Os processos vão mudar certamente”, acrescentou o especialista.
Para Claudio Neiva, vice-presidente de Pesquisa do Gartner, o orçamento para cuidar dos dados virá da imposição da legislação e deverá ficar no guarda-chuva da segurança da informação.”O Brasil é um dos poucos países que ainda não tinha uma legislação de proteção de dados pessoais na América Latina. Temos a convicção que a Lei vai mudar o volume de coleta de dados. O cuidado vai ser redobrado porque há multas e penalidades às empresas, o que é correto já que os dados pessoais precisam ser preservados”, acrescentou Neiva.
Com relação ao orçamento dedicado à proteção de dados, o executivo do Gartner foi taxativo: “O dinheiro vai ter de aparecer. Se ele vai ser deslocado de uma área para outra, ainda não sabemos”. O Gartner realizou nesta terça-feira, 14/08, a Conferência Gartner de Segurança e Gestão de Risco 2018, em São Paulo.