Segurança

Guardião Cibernético 4 terá 110 órgãos e empresas em guerra virtual

O novo exercício Guardião Cibernético indica que a principal simulação de guerra virtual no hemisfério sul dobrou de tamanho em sua quarta edição. Ataques a infraestruturas críticas, especialmente de telecomunicações e energia, serão realizados entre 16 e 19 deste agosto e vão reunir 110 órgãos públicos e empresas privadas. 

“No total, cerca de 110 organizações e empresas, e 450 participantes civis e militares atuarão praticando protocolos para medidas preventivas e reativas frente a cenários de incidentes cibernéticos que provocarão efeitos cinéticos e não cinéticos sobre estruturas estratégicas, exigindo unidade de esforço com resposta integrada e interagências. Quanto à execução do exercício, esse acontecerá em três fases distintas: simulação virtual, simulação construtiva e grupo de estudos”, segundo informa o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército. 

Iniciado em 2018, o Guardião Cibernético é organizado pelo ComDCiber e busca, por meio de eventos simulados, uma atuação colaborativa envolvendo governo, Forças Armadas, órgãos públicos, Academia e representantes de estruturas estratégicas dos setores de água, energia, nuclear, comunicações e transportes.

A simulação utilizará ferramenta que permitirá a virtualização de máquinas que reproduzem ativos críticos nas áreas de tecnologia da informação utilizando um programa Simulador de Operações Cibernéticas, no qual serão reproduzidos sistemas computacionais utilizados pelos especialistas dos órgãos e empresas participantes.

Os envolvidos formarão gabinetes de crise, contando com representantes das áreas de tecnologia da informação, comunicação social, jurídica e alta administração, que apresentarão soluções frente aos problemas cibernéticos simulados (PCS) com impacto nas organizações.


Segundo o Exército, participam os ministérios da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira, de órgãos do Governo Federal, de empresas dos setores: Água, Energia Nuclear, Comunicações, Transportes bem como pesquisadores oriundos da comunidade acadêmica e observadores estrangeiros.

Como explica o DCT do Exército, “busca-se contribuir para à integração entre o governo, o setor privado e o meio acadêmico no incremento da proteção do espaço cibernético nacional, permitindo maior aproximação entre os importantes atores envolvidos no Setor Cibernético, validação do Plano Nacional de Tratamento de Incidentes de Redes, subsídios para atualização doutrinária do Sistema Militar de Defesa Cibernética, uso de ferramenta para compartilhamento de informações sobre ameaças cibernéticas, utilização de protocolos para a proteção do espaço cibernético, priorização das infraestruturas críticas de interesse para a Defesa Nacional, a troca de experiências interpessoais entre os participantes dos diversos setores, aumentando a resiliência cibernética das infraestruturas críticas brasileiras”.

Este ano, indica o DCT, pela primeira vez, participarão todos os principais entes dos setores Energia (ANEEL, ONS e ANP), Comunicações (ANATEL e Correios), transporte (ANAC, ANTAQ e ANTT) além da integração dos problemas cibernéticos simulados entre setores, governo e órgãos parceiros.

Este ano o edital de Chamamento Público teve uma maior abrangência, convidando pessoal do direito público e privado, interessados em apoiar o Comando de Defesa Cibernética na preparação e execução do EGC 4.0, tendo sido selecionadas as seguintes empresas colaboradoras: Atech – Tempest, CISCO, CTEM+, Dell, Fundação Getulio Vargas, Instituto Vegetius, Omnisys, Kryptus, RUSTCOM, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, SANS, Sagres e Senai. 

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