Segurança

Hackers ameaçam a companhia aérea TAP para receber resgate pelos dados roubados

O grupo que opera o ransomware Ragnar_Locker publicou uma nota nesta quarta-feira, 31 de agosto, alegando ter obtido acesso a ativos digitais e dados da companhia aérea TAP Air Portugal. A nota do grupo informa que o volume de dados obtido é superior ao que foi obtido num ataque à Easy Jet em maio de 2020. Nesse ataque foram comprometidos números de cartões de crédito de 2.208 passageiros. Mas foram acessados no total registros de aproximadamente nove milhões de passageiros.

O incidente com a TAP ocorreu no dia 25 de agosto e causou instabilidades na operação dos sistemas acessados pelo público. A TAP admitiu o incidente pelas redes sociais ao informar que detectou e bloqueou um ciberataque. Na nota, a companhia aérea diz que “a integridade operacional está garantida, pelo que não há qualquer risco para a segurança de voo. Não foi apurado qualquer facto que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de Clientes. O site e a app registam ainda alguma instabilidade. Lamentamos qualquer inconveniente e agradecemos a sua compreensão”.

Os hackers contra-atacaram, segundo nota publicada no site Ciso Advisor. Eles ameaçam a TAP para receber resgate pelos dados supostamente roubados. Também por nota, o grupo Ragnar_Locker diz que a TAP mentiu ao dizer que nenhum dado foi comprometido. “Temos algumas razões para acreditar que centenas de Gigabytes podem estar comprometidos”, afirma a nota dos hackers. 

E ameaçam a companhia portuguesa lembrando o caso da Easy Jet, que pelo vazamento de ‘apenas’ 400 mil passageiros enfrenta uma ação coletiva no valor de 180 milhões de euros pela perda dos dados pessoais. A nota termina em claro tom de ameaça: “prezado Tap Air, seus especialistas em TI certamente sabem onde escrever para salvar os dados de todos os seus clientes. Nosso conselho é – melhor deixar seu melhor advogado fazer isso e seu melhor engenheiro de TI pode ajudá-lo”.


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