Segurança

Zoom sofre ação judicial por falha, mas recebe apoio do Governo dos EUA

A Zoom Video Communications se deparou com uma ação coletiva por um de seus acionistas na terça-feira, 7/4, que acusa o aplicativo de videoconferência de exagerar seus padrões de privacidade e de não divulgar que seu serviço não era criptografado de ponta a ponta.

Há críticas crescentes de que o aplicativo apresenta “falhas de segurança graves” como roubo das credenciais de usuários e de informações trocadas nas reuniões. Por conta das medidas de isolamento em reação à pandemia da Covid-19, nos últimos três meses a demanda do app de videoconferência aumentou 19 vezes no mundo inteiro.

O próprio fundador da plataforma, Eric Yuan, admitiu as falhas. “Reconhecemos que não atingimos as expectativas de privacidade e segurança da comunidade – e a nossa própria“, disse Yuan. “Por isso, sinto muito.” 

O acionista Michael Drieu alegou em um processo judicial que uma série de reportagens recentes da mídia destacando as falhas de privacidade no aplicativo de Zoom fizeram as ações da empresa, que haviam se recuperado por vários dias no início do ano, despencar.

O presidente-executivo da Zoom, Eric Yuan, pediu desculpas aos usuários na semana passada, dizendo que a empresa havia ficado aquém das expectativas quanto a privacidade e segurança da comunidade e estava tomando medidas para corrigir os problemas.


A Zoom está tentando solucionar problemas de segurança, pois registra milhões de novos usuários em todo o mundo, uma vez que as pessoas são forçadas a trabalhar em casa depois que bloqueios foram impostos para retardar a propagação do coronavírus.

No entanto, a empresa está enfrentando uma reação dos usuários preocupados com a falta de criptografia de ponta a ponta das sessões de reunião e o “zoombombing”, onde convidados indesejados entram em reuniões.

A SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, proibiu recentemente seus funcionários de usar o Zoom, citando “preocupações significativas de privacidade e segurança”, enquanto o gabinete de Taiwan disse às agências governamentais que parassem de usar o aplicativo. 

E nesse turbilhão, a Zoom ganhou um apoio relevante: o governo dos Estados Unidos, por meio do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS). O órgão distribuiu um memorando às principais autoridades governamentais de segurança cibernética. No informe, o DHS e o Programa Federal de Gerenciamento de Riscos e Autorizações (FedRAMP) disseram que a Zoom Video Communication estava respondendo às críticas e entendeu o quanto elas eram sérias.

* Com informações da Reuters

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