Telecom

5G chega a todas as capitais com Belém, Manaus, Macapá, Porto Velho e Rio Branco

A Anatel anunciou nesta terça, 4/10, a conclusão da primeira etapa de implantação do 5G ‘puro’ no Brasil, com a liberação do uso da faixa de 3,5 GHz nas cinco capitais que faltavam: Belém, Manaus, Macapá, Porto Velho e Rio Branco. Elas terão serviços da nova geração a partir de quinta, 6/10. 

Nas contas da agência, Vivo, TIM e Claro já instalaram o dobro das antenas de 5G exigidas pelo edital – o mínimo seriam 2.528 estações radiobase, mas foram acionadas até aqui 5.275 ERBs. Portanto, o 5G standalone está acessível em cerca de 5% das 93 mil ERBs existentes no Brasil. 

“Isso representa a cobertura de aproximadamente 24% da população, um público potencial de 50 milhões de brasileiros que já podem usar 5G standalone nas capitais”, destacou o superintendente de outorgas e recursos à prestação da Anatel, Vinícius Caram. 

No caso das novas capitais, as três operadoras nacionais que participaram do leilão do 5G deverão instalar, no mínimo, 57 ERBs em Belém, 18 em Macapá, 84 em Manaus, 21 em Porto velho e 15 em Rio Branco. Mas como apontado pela agência reguladora, as teles têm instalado mais do que o mínimo previsto no edital. 

A próxima etapa, que começa em janeiro de 2023, é a liberação do 5G em 3,5 GHz nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Existe um plano de acelerar essa cobertura, inclusive para cidades menores, reunindo grupos de cidades próximas que poderiam ter o trabalho de mitigação de interferências realizado simultaneamente. 


“Se a EAF conseguir avançar nesse assunto, podemos quem sabe deliberar sobre isso já na próxima reunião ordinária do GAISPI”, afirmou o presidente desse grupo, e vice presidente da Anatel, Moisés Moreira. O GAISPI reúne agência, Ministério das Comunicações, operadoras móveis e TVs para coordenar o processo de implantação do 5G no país. 

“A EAF está fechando um estudo, em conjunto com representantes das prestadoras, para apresentar ao GAISPI”, emendou o superintendente Vinícius Caram. Além disso, já começa o trabalho de alerta à população inscrita no Cadastro Único de programas sociais do governo federal para agendamento da troca de antena parabólica, parte da mitigação de interferências. 

Esse processo, porém, surpreendeu pela baixa demanda. Números da EAF mostram que menos e 1% das famílias com direito a receber uma nova parabólica gratuitamente efetivamente teve o equipamento instalado. Para o GAISPI, fruto da avançada digitalização da TV terrestre. 

“A expectativa foi muito maior do que efetivamente distribuído. Nosso entendimento é de que o processo de digitalização da TV terrestre foi bem resolvido e ampliou o acesso nas capitais já há bastante tempo. Então a própria radiodifusão já reparou maior audiência onde tem TV Digital terrestre”, avaliou o coordenador do Grupo Técnico de Comunicação do GAISPI, Henrique Pinheiro. 

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