5G em faixa milimétrica trará pelo menos R$ 37 bilhões ao Brasil até 2024
O 5G terá papel relevante para a economia da América Latina e para o Brasil, revela estudo divulgado pela GSMA, durante o Mobile World Congress, que acontece essa semana em Barcelona. O levantamento aponta que o 5G traria uma receita de US$ 20,8 bilhões até 2024 com a utilização de frequências milimétricas (acima de 6 GHz).
Boa parte dos recursos seriam gerados nos setores de indústria (34%), seguido pelos setores financeiros e profissionais (28%), governos, segurança, educação e saúde (19%), TICs e serviços (14%) e mineração e agricultura (5%). O Brasil ficaria com quase metade deste montante – 10,4 bilhões de doláres, ou 47%.
O levantamento da GSMA advertiu, porém, que o custo de espectro na América Latina é três vezes maior que o cobrado nos países desenvolvidos e esse valor alto poderá vir a ser um entrave para a entrada da tecnologia na região. O México deverá ser o primeiro país a ter o 5G, seguido pelo Brasil.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, o diretor da GSMA Brasil, Amadeu Castro, sustenta que o leilão 5G não poderá ter o viés arrecadatório no Brasil. Segundo ele, o momento é o de garantir cobertura e oferta de serviços. A GSMA também diz que é necessário definir a questão do espectro no 3,5GHz.
*Ana Paula Lobo viajou a Barcelona a convite da Huawei do Brasil