Telecom

5G precisa mostrar a que veio para não desapontar

A corrida para o 5G extrapolou a indústria de telecomunicações e se tornou prioridade para governos ao redor do mundo, mas permanece incerto se o resultado final valerá o esforço. É o que sugere a consultoria GlobalData em um relatório sobre a nova onda tecnológica.

Em ‘5G – Pesquisa Temática’, a consultoria sustenta que o ‘hype’ ao redor do 5G é tamanha que é fácil esquecer que ele não estará disponível comercialmente antes de 2019, no mais próximo dos casos. Mesmo assim, ainda vai representar somente 0,09% do tráfego móvel de dados segundo as projeções da GlobalData sobre banda larga.

“Muitas pessoas, dentro e fora da indústria de telecom, continuam a bater o bumbo do 5G, mas crescem as vozes dissidentes. Elas temem que o posicionamento do 5G como uma tecnologia revolucionária, que vai permitir mudanças fundamentais em como vivemos e trabalhamos, tenha criado expectativas tão altas que o único resultado possível será o desapontamento”, aponta a consultoria.

Os últimos anos viram investimentos significativos em 5G, tanto pelo setor de telecom como agências governamentais. No entanto, articular exatamente o que o 5G vai oferecer ao consumidor, além do simples aumento das velocidades de download, continua um desafio. Os casos de uso mais repetidos incluem veículos autônomos, internet das coisas e cidades inteligentes, mas todos esses exigem mais do que apenas redes velozes e responsivas para se difundirem.

Segundo a GlobalData, “serviços em 5G são esperados para se tornarem amplamente disponíveis em alguns países no próximo ano, mas a ausência de uma aplicação ‘matadora’ poderá ter implicações sérias sobre a demanda. A questão de para que o 5G realmente serve precisa ser respondida, e logo, se a nova tecnologia quiser estar à altura do oba-oba”.


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