Anatel: Ao atacarem a Telefônica, rivais enfraquecem os TACs
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, acredita que as concorrentes que criticam o acordo para troca de multas firmado com a Telefônica agem contra a competição e acabam minando o próprio instituto dos Termos de Ajustamento de Conduta, que elas mesmas pretendem igualmente firmar com o regulador.
“Qando as outras empresas questionam, enquadro essa indisposição no campo da não-competição. Ou seja, a competição é boa desde que não seja no seu território de atuação. Tanto que essas empresas estão utilizando os pequenos provedores, não em favor dos pequenos provedores, mas contra a competição entre os grandes”, disparou Quadros, em entrevista concedida ao Convergência Digital.
Desde que o acerto para a troca de R$ 2,2 bilhões em multas não pagas por cerca de R$ 5,5 bilhões em investimentos foi negociado, concorrentes como os grupos Claro e Tim criticam os termos acordados, especialmente a lista de municípios que deverão receber novas redes de telecomunicações. Boa parte da grita, no entanto, é feita por pequenos provedores.
“O TAC da Telefônica, aprovado pela Anatel, e também aprovado pelo TCU, se os demais operadores entendem que não deveria prosperar, estão trabalhando contra o próprio instituto do TAC. E o trabalho da Anatel é fazer com que prospere o instituto do TAC. Se os outros não querem, é problema deles. Nós vamos continuar com o nosso papel.” Assistam à entrevista com o presidente da Anatel, Juarez Quadros.
*Colaborou Luis Osvaldo Grossmann