Computação em nuvem impulsiona B2B digital da Vivo
Na teleconferência de resultados do primeiro trimestre da Vivo, realizada nesta quarta-feira, 11/05, a Vivo enfatizou a relevância do B2B Digital, muito com a Telefónica Tech, nos negócios no Brasil. O presidente da operadora, Christian Gebara, observou que o B2B já representa 5% da receita total da companhia. “Queremos e vamos vender mais e mais serviços. A conectividade é o ponto de partida, mas queremos ser parceiros de tecnologia”, afirmou.
Cloud computing é a mola mestra do B2B com um crescimento de mais de três dígitos, especialmente, depois que a Vivo fechou parcerias estratégicas com AWS, Microsoft e Oracle. A parte de Internet das Coisas e mensageria registrou crescimento de 32% em relação ao ano passado e as soluções digitais cresceram 24%. “São números expressivos. Além disso temos 5000 representantes comerciais para o B2B. Queremos mais e mais clientes e oferecer mais e mais serviços”, reforçou Gebara.
A operadora, que superou a casa dos 100 milhões de acessos ativos, não vai represar os preços no Brasil. Gebara deixou claro que a inflação será repassada para os preços tanto no pós-pago quanto no pré-pago e também na banda larga fixa. Mas o executivo deixou a entender que vai olhar a postura dos concorrentes, principalmente, com o pré-pago.
Isso porque a operadoratele vem apresentando melhora nos índices de portabilidade e teve saldo positivo de usuários trazendo números das rivais no começo do ano. “O pré-pago é estratégico para depois oferecermos upgrade para planos controle ou pós-pagos. Atualmente, mais de 80% da nossa base é de clientes recorrente (controle ou pós), mas vamos pegar os clientes da Oi e muitos são pré-pagos”, ressaltou.
Resultados
No primeiro trimeste de 2022, a Vivo apurou alta na receita puxada por reajuste de preços. A operadora teve o maior crescimento de receita líquida dos últimos sete anos, mas a alta dos custos afetou o lucro, que encolheu. Ao todo, a companhia faturou R$ 11 bilhões no primeiro trimestre, alta de 4,6% na receita em relação ao mesmo período de 2021. A expansão das receitas foi puxada pelo móvel, área em que cresceu 5,7% ano a ano e venda de celulares, que aumentou 10%. No fixo, o crescimento foi de 1,9% no geral, considerando também os serviços em cobre. Isoladamente, o segmento de fibra (FTTH) cresceu 25,9%.
No operacional, a Vivo continuou a atrair clientes para os serviços móveis, de fibra e IPTV, em detrimento dos serviços baseados em redes legadas de cobre. Com isso, 90,6% da receita já é gerada em celular e FTTH. Do total de 99,9 milhões de clientes da operadora, 91,83 milhões estão nos novos serviços.A Vivo chegou a 51 milhões de clientes pós-pagos, alta de 11% ano a ano. Desses, 37 milhões são acessos de telefonia e 14 milhões são em em internet das coisas.
Na rede fixa, nos últimos doze meses, a Vivo expandiu sua infraestrutura de fibra FTTH – tecnologia que leva a fibra para dentro da casa do cliente – para 65 novas cidades, adicionando 4,2 milhões de domicílios e ultrapassando 20,5 milhões de residências e empresas cobertas. De janeiro a março, a Vivo investiu em sua operação cerca de R$ 1,9 bilhão. O fluxo de caixa livre atingiu R$ 2,5 bilhões, com alta de 12,6%, permitindo o investimento contínuo na expansão dos negócios core business, assim como o reforço na remuneração ao acionista por meio do Programa de Recompra de Ações.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) também teve papel importante no acúmulo da geração de caixa. No trimestre, o indicador foi de R$ 4,5 bilhões, um incremento de 1,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, com margem EBITDA de 39,7%. O lucro líquido totalizou R$ 750 milhões no trimestre, uma redução de 20,4% na comparação anual, em função de mais despesas financeiras e aumento da amortização no período. Os custos totais, excluindo gastos com depreciação e amortização, foram de R$ 6,8 bilhões, um aumento de 7% no ano, abaixo da inflação (IPCA 12 meses) que registrou alta de 11,3%.