Telecom

Eletrobras vai comprar rede privativa 5G; custo será fator decisivo

A Eletrobras lançou no mercado uma RFP (Request for Proposal) para a contratação de uma rede privativa 5G, que, incialmente, cobrirá uma usina como um piloto para futuras expansões para suportar as operações da companhia. O anúncio foi feito durante o painel “Soluções para B2B viáveis em função do 5G”, nesta quarta-feira, 21, no Telco Transformation Latam, evento que acontece no Rio de Janeiro.

Ao Convergência Digital, o diretor de centro de excelência da Eletrobras, Lucas Pinz, informou que os detalhes do projeto ainda estão sendo decididos como a definição da usina onde será implementado o piloto; se a rede será implementada pela própria Eletrobras ou via contratação de uma operadora e em qual frequência será implementada.

“Vamos avaliar e buscar entendimento com o nosso ecossistema de parceiros. Hoje não temos nenhuma experiência de rede móvel privativa. Um dos fatores decisivos será o custo”, sinalizou Pinz. Privatizada há dois anos, a Eletrobras passa por uma grande transformação, sendo a maior empresa de energia da América Latina – com geração de 44 GHz de energia e 70 mil km de linhas de transmissão – e a segunda maior do mundo em energia renovável. 

Em sua apresentação, o diretor do Centro de Excelência da Eletrobras destacou que a empresa tem infraestrutura própria de telecomunicações típica de uma operadora. “São 40 mil quilômetros de fibra óptica, que suportam nossas operações. Mas temos feito um amplo programa de digitalização de nossos ativos, e podemos usar tecnologias como Wi-Fi, Wi-Fi 6, redes cabeadas e redes 4G. A dificuldade é de cobertura, não temos LTE privado e usamos as redes públicas, mas, em muitas áreas remotas, não há cobertura dessas redes. Estamos com uma RFP na rua para a contratação de uma rede 5G privada combinada com nossa infraestrutura de TIC para garantir qualidade de serviços”, explicou.

Atualmente a Eletrobras já utiliza uma série de inovações como drones de inspeção em linhas de transmissão, inspeção submarina robótica em turbinas submersas e estão introduzindo inteligência artificial em várias atividades. “O desafio tem sido a conectividade para garantir a qualidade desses serviços”, resumiu Lucas Pinz.


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