Telecom

FCC, a Anatel dos EUA, descarta tirar a faixa de 6GHz do Wi-Fi em favor do 5G

Não há a menor intenção dos Estados Unidos de mudar a decisão com relação ao uso da faixa de 6GHz, destinada para o Wi-Fi. A afirmação é do executivo do Gabinete de Engenharia e Tecnologia da Comissão Federal de Telecomunicações (FCC), a Anatel dos Estados Unidos, Ira Keltz, que está no Brasil para participar do Wi-Fi NOW, que acontece no Rio de Janeiro.

“Nós acreditamos que precisamos dar condições para todos. Há oportunidades de novos negócios com a conectividade”, observou Keltz, ao ser indagado pelo Convergência Digital, sobre a pressão feita pelo setor de telecomunicações para ficar com parte da faixa. Segundo ele, ‘se faltam equipamentos para o Wi-Fi 6E, faltam também para o 5G, mas tudo é uma questão de escala”.

Para keltz, o mais importante é que o usuário tenha uma boa experiência com o serviço de telecomunicações e o Wi-Fi tem essa destinação de simplificar o acesso à Internet. Mas o executivo da FCC sustenta: o Wi-Fi 6E e o 5G são complementares. Keltz está consciente que o destino da faixa 6GHz será tema de mais debates na Conferência Mundial de Radiocomunicação de 2023 (WRC-23), que acontecerá de 23 de novembro a 15 de dezembro, em Dubai, mas disse que a posição dos Estados Unidos será mantida. “Reitero, não há qualquer indício que haverá mudança de posição. O 6GHz é do Wi-Fi”, completou.

A decisão dos EUA é relevante porque o país foi o primeiro a destinar o 6GHz para o Wi-Fi. O Brasil também sustenta a posição de detinar os 1200 Mhz da faixa para o Wi-Fi, assim como, o Canadá e países da Ásia Pacífico. Mas há uma forte pressão do setor de telecomunicações para que parte dos 1200 MHz sejam ‘guardados’ para aplicações 5G.


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