Huawei evita confronto e diz que aguarda as demandas e os critérios para rede privada do governo
A Huawei adotou a cautela e preferiu não entrar em confronto com o governo pela rede privada. Ao participar de evento online realizado pelo Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior- IRICE, com a coordenação de Rubens Barbosa, nesta quinta-feira, 10/03, o diretor de Cibersegurança da Huawei Global, Marcelo Motta, disse que aguarda a divulgação das demandas e dos critérios para definir o interesse com relação à rede privada do Governo.
“Se os critérios forem técnicos e não discriminatórios, temos a governança corporativa necessária para participar de qualquer licitação no Brasil. Mas existem os critérios políticos. Precisamos esclarecer mais como será o processo”, pontuou Motta. O executivo elogiou a decisão do governo brasileiro de adotar o caminho do livre mercado com relação ao 5G por parte das operadoras de telecomunicações. “Na visita que fez a diferentes fornecedores, inclusive a Huawei, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que todos atendiam os critérios de segurança cibernética internacional”.
O Superintendente de Controle de Operações-SCO da Anatel, Gustavo Borges, esclareceu um ponto relevante. Segundo ele, o governo não vai exigir participação em bolsa de valores, mas, sim, os requisitos de governança corporativa equivalentes às das empresas que atuam no capital aberto. “Temos um exemplo aqui. A Claro, uma das principais operadoras do País, não está na B3, mas ela tem governança corporativa e regras transparentes de atuação no mercado”, adicionou.