Telecom

Leilão 5G: TIM e Claro defendem adiamento. Vivo adverte para momento incerto

O presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola, endossou nesta quarta-feira, 06/05, a posição defendida em live do Futurecom pelo CEO da Claro, Paulo César Teixeira, e defendeu a não realização do leilão 5G ainda em 2020, como aventa a Anatel. Para Labriola, hoje, o leilão 5G é ‘uma escolha do sistema econômico do País e não dos players de telecomunicações”. O presidente da TIM Brasil afirmou que todas as teles ainda investem muito no 4G e na preparação das redes para o 5G.

“Sabemos que para o governo – que estima arrecadar R$ 246 bilhões com o 5G, sendo uma parcela dessa receita com as operadoras de telecomunicações, o leilão é relevante. Mas para nós, o esforço está muito no 4G, na infraestrutura”, apontou. O CEO da Claro, Paulo César Teixeira, deixou claro que o leilão 5G precisa ser replanejado em função de toda incerteza econômica global e no Brasil.

O CEO da Vivo, Christian Gebara, também nesta quarta-feira, 06/05, foi mais cauteloso e não chegou a fazer uma defesa do adiamento do leilão do 5G, mas admitiu que o momento está muito incerto para todo o ecossistema de telecomunicações. “Não sabemos como será o calendário da Anatel, apresentamos nossa contribuição, mas até lá, vamos investir no 4,5G. Acreditamos que o 4G e o 5G vão conviver por muito tempo”, completou.

A Anatel -apesar dos protestos – encerrou a consulta pública sobre o 5G no dia 17 de abril e entrou no período de análise das contribuições realizadas pelo mercado. A agência, mesmo com a pandemia de Covid-19, ainda trabalha com a possibilidade de fazer o leilão ainda em 2020, até para atender ao plano econômico do Governo Bolsonaro, que incluiu o 5G como prioridade de arrecadação. A questão é que a Anatel defende o leilão menos arrecadatório e mais voltado à cobertura e metas de serviços.


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