Telecom

MCTI vai destinar R$ 30 milhões para projetos de Open RAN

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação vai financiar projetos relacionados à tecnologia Open RAN no Brasil. A ideia é fomentar indústria e academia a desenvolverem projetos que identifiquem como o país pode se inserir no ecossistema global da onda de redes interoperáveis por múltiplos fornecedores. 

De partida, serão R$ 30 milhões, com recursos provenientes da Lei de Informática, e com financiamento coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, dentro do programa de comunicações avançadas que já roda na instituição ligada ao MCTI. 

Os detalhes finais desse programa estão em curso, mas a construção está avançada o suficiente, a ponto de ter sido anunciada nesta sexta, 27/8, durante o GT Open RAN, coordenado pela Anatel. A novidade foi revelada ao grupo pelo diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do ministério, José Gontijo. 

“Vamos juntar MCTI, RNP, as indústrias do setor, para que elas façam um projeto estruturado em tecnologia e inovação para o desenvolvimento de Open RAN no Brasil. É para software, hardware, recursos humanos, cibersegurança, várias áreas”, disse Gontijo. 

A lógica é encontrar por onde o Brasil pode entrar nessa nova onda também como fornecedor de soluções. “Já existe um ecossistema global, então é natural que gente não faça 100% da tecnologia. A ideia é identificar os elos em que o Brasil tem potencial para ser competitivo. Começa com pesquisa e termina com testbed”, resumiu o diretor do MCTI. 


O programa deve também conversar com iniciativas amplas de implantação do 5G no país. Não por menos, o programa vai buscar acelerar soluções nas verticais de Saúde, Indústria, Cidades, Agricultura e Educação, contempladas na estratégia de transformação digital. 

Como apontou o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, que coordena o GT Open RAN da agência, o programa, que deve ser batizado como Open RAN MCTI Brasil, foi uma resposta rápida para um dilema do grupo de trabalho. 

“Fizemos essa provocação ao MCTI, e também ao Ministério das Comunicações, no sentido de buscar apoio. Não basta a agência incentivar no campo regulatório, porque não temos recursos para alavancar incentivos. Para nossa boa surpresa, a resposta foi muito rápida”, destacou. 

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