Telecom

Operadoras abraçam Open RAN aberto, mas cobram financiamento da União Europeia

A Europa quer correr e não ficar atrás dos EUA e do Japão para ter alternativa às infraestruturas 5G e ao ecossistema tradicional de fornecimento de equipamentos. Operadoras europeias, entre elas, Telefónica, Deutsche Telekom, Orange e Vodafone, anunciaram um acordo de promoção conjunta para redes de acesso abertas e interoperáveis (Open RAN). Mas para funcionar, as teles pedem recursos da União Europeia. Segundo as operadoas, só assim, haverá a implantação massiva do Open RAN aberto a partir de 2022.

“A Comissão Europeia e os governos nacionais têm um papel importante a desempenhar na promoção e desenvolvimento do ecossistema de RAN aberto, financiando implantações iniciais e pesquisa e desenvolvimento”, afirmam as teles no memorando de entendimento. Em memorando de entendimento (MoU), as quatro empresas expressaram compromissos individuais com a implementação de RAN aberta no continente. E para isso está previsto um trabalho conjunto com a O-RAN Alliance, o consórcio Telecom Infra Project (TIP) liderado pelo Facebook, empresas de hardware, software e integração e institutos de pesquisa.

Na RAN tradicional, as redes de acesso utilizam tecnologia integrada, com rádios, hardware e software fornecidos por único fornecedor em solução proprietária fechada. Na Open RAN, padrões e especificações técnicas devem permitir interfaces abertas que possibilitem a combinação de componentes de diferentes fornecedores.

A Vodafone é a grande patrocinadora do Open RAN, tanto que, em novembro do ano passado, revelou a intenção de implantar equipamentos RAN abertos em 2600 sites no Reino Unido até 2027. A Orange, por sua vez, tem a intenção de abrir um TIP Community Lab, em Paris, para testar a tecnologia. A Telefónica acertou uma parceria com a Rakuten Mobile e a alemã Deutsche Telekom busca ações regulatórias para assegurar o uso do RAN Aberto.


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