Pós-pagos já são 40% dos celulares no Brasil
Na gradual mudança no perfil da telefonia móvel no país, os acessos pré-pagos vão aos poucos cedendo espaço aos chips pós-pagos. Quando 2018 começou, os pré-pagos eram 148,5 milhões, ou 62,7% dos chips ativos, enquanto os pós-pagos somavam 87,9 milhões. Quando agosto terminou, os pré-pagos caíram para 139,3 milhões, ou 59,4% do total, enquanto os pós-pagos passarm para 94,9 milhões, já representando 40% do mercado.
Enquanto isso, os chips 4G seguem em ritmo de crescimento acelerado. Entre janeiro e agosto foram adicionados mais 20,4 milhões de acessos, o que implica em alta de 19,9%, chegando a 122,6 milhões de linhas ativas, ou 52,3% do mercado de telefonia móvel brasileiro.
No geral, o mercado celular segue em processo de ajuste há quatro anos, com a queda no número total de chips ativos. Nos oito primeiros meses do ano, a queda foi de 2,12 milhões deles (-0,89%), o que fez com que o número de linhas ativas no final de agosto somassem 234,3 milhões.
Como mencionado, a tônica é a mudança no perfil do mercado. Enquanto o 4G cresce, os acessos 2G e 3G perdem terreno. No acumulado do ano até agosto foram 5,9 milhões a menos de chips de segunda geração. No caso do 3G, a queda foi de 18,4 milhões de acessos ativos.
Entre as operadoras, Claro, Tim e Oi seguem sangrando assinantes, mas de forma distinta. A Tim foi quem mais perdeu entre janeiro e agosto, com 2,4 milhões de chips a menos no acumulado dos oito meses. A Claro perdeu 225,9 mil acessos, enquanto na Oi a redução foi de 98,2 mil.
A Telefônica/Vivo, por outro lado, conseguiu adesões líquidas positivas de 17,3 mil acessos, encerrando agosto com 74,9 milhões de chips ativos, ou 31,9% do mercado. A Claro, com 58,7 milhões, firma-se em segundo com 25%. A Tim, com 56,1 milhões é a terceira com 23,9%. E a Oi, com 38,8 milhões, tem 16,5%.
Proporcionalmente o melhor desempenho entre as operadoras ‘tradicionais’ foi da Nextel, que adicionou 365,4 mil acessos ao longo dos oito meses, o que representa um crescimento de 13%. A empresa somou em agosto 3,1 milhões de chips ativos (1,3% do mercado).
Mas quem cresce de forma mais rápida são as chamadas operadoras virtuais, ou MVNOs. A Porto Seguro cresceu 30,6% e chegou a 735 mil acessos. A Datora avançou ainda mais aceleradamente, 34,9%, para 271,4 mil chips.
