Telecom

Satélites x 5G: GSMA sobe o tom em defesa da nova geração nas ondas milimétricas

Serviços 5G vão gerar uma expansão econômica de US$ 20,8 bilhões, ou 1,2% de crescimento do PIB na América Latina até 2034. É o que indica um estudo da GSMA, que associa esse desempenho da economia digital à disponibilidade das radiofrequências necessárias, incluindo ondas milimétricas. A entidade reclama que restrições defendidas pela indústria de satélite “colocam o futuro do 5G em risco”.

“A América Latina deve permanecer firme na WRC-19 para proteger seus interesses e garantir seu futuro digital”, disse Lucas Gallitto, diretor de Políticas Públicas da GSMA para a América Latina. “A tecnologia 5G será um passo evolutivo com um impacto revolucionário, e causará um efeito mais profundo em nossas vidas do que qualquer geração móvel anterior. As operadoras móveis continuam expandindo as conexões 4G em toda a região, e agora é a hora dos governos da América Latina estabelecerem as bases para o seu futuro em 5G, identificando o espectro necessário na CMR-19.”

Trata-se da próxima Conferência Mundial de Radiocomunicações, que acontecerá no Egito, de 28 de outubro a 22 de novembro deste 2019, na qual serão identificadas faixas de frequências para o 5G. Segundo a GSMA, os países europeus estariam “determinados a limitar o uso desse espectro devido a alegações infundadas de possível interferência nos serviços espaciais”. 

“Estudos técnicos independentes, apoiados por países da América Latina e seus aliados na América do Norte, África e Oriente Médio, demonstraram que o 5G pode coexistir de forma segura e eficiente com serviços meteorológicos, serviços comerciais por satélite e outros”, diz a GSMA. 

As projeções indicam que conexões 5G atinjam 62 milhões até 2025, equivalente a 8% do total de conexões da América Latina, puxadas pelo Brasil, que deverá contar com 26 milhões de acessos 5G até lá. Em seguida, segundo a GSMA, os maiores mercados 5G estarão no México, com 18 milhões, e no Peru, com 4 milhões de conexões.


Botão Voltar ao topo