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Telefónica abre mão da América Latina, mas mantém Brasil no centro da estratégia

A Telefônica decidiu vender seus negócios na América Latina e manter apenas o Brasil. Serão vendidas as unidades da Argentina, México, Chile, Peru e Equador. Oficialmente, a operadora fala em uma ‘separação operacional’ dos negócios em língua espanhola na região. A Telefónica centrará suas atenções nos mercados da Espanha, Reino Unido, Brasil e Alemanha, revelou nesta quarta-feira, 27/11, o presidente-executivo, Jose Maria Alvarez-Pallete.

Isso significa que o duopólio que se viu na América Latina – o embate entre a América Móvil (Claro) e a Telefónica – está perto de acabar e a operadora de Carlos Slim, dono da Embratel, Claro e NET no Brasil, reinar absoluta nos países latino-americanos. No Brasil, a disputa entre as teles se manterá, pelo menos é o que adiantou Pallete, em entrevista coletiva após a reunião do conselho de Administração, em Madrid.

“O modelo está esgotado e precisamos nos reinventar”, afirmou aos jornalistas. A estratégia prevê reagrupar as atividades de cibersegurança e computação em nuvem, de olho em obter mais de 2 bilhões de euros por ano em receita adicional até 2022. Pallete foi além: revelou que a Telefónica vai conduzir uma revisão estratégica e que está aberta a fusões e aquisições.

A companhia acredita que a receita adicional virá de uma nova unidade, batizada de Telefónica Tech, formada inicialmente pelo grupamento dos negócios da empresa nas áreas de cibersegurança, Internet das Coisas e computação em nuvem. “Tudo será conectado e emitirá informações em tempo real, então haverá uma explosão de dados”, disse o presidente da Telefónica. A empresa também informou que vai criar uma unidade para abrigar sua carteira de torres de comunicações. A divisão fornecerá serviços para outras operadoras e incorporará parceiros.

*Com informações de agências de notícias


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