Telecom

Vivo quer adiantar arbitragem com Anatel para trocar concessão por autorização

A Vivo quer adiantar a arbitragem dela com a Anatel por conta da migração da concessão. A Agência reguladora cobra R$ 8,7 bilhões e o presidente da Vivo, Christian Gebara, diz que a negociação da tele é ‘mais simples e não precisa ficar esperando muito’, numa referência à situação da Oi.

“Queremos resolver logo a arbitragem. Temos convicção que podemos agilizar”, declarou Gebara, que participou nesta quarta-feira, 18/10, da cerimônia de 25 anos do lançamento da Vivo como companhia aberta na B3. O executivo, no entanto, não revelou o valor ofertado pela Vivo à negociação.

No evento, Gebara informou o investimento de R$ 530 bilhões no Brasil no período e o fato de somar mais de 1,7 milhão de acionistas. “Trabalhamos muito para nos tornar a maior empresa de telecomunicações do país. Mas estamos indo muito além da conectividade. Nós estamos olhando o futuro dentro do nosso propósito de digitalizar para aproximar”, afirmou.

Falando do que está por vir, Gebara lembrou que a Vivo quer ser uma empresa de tecnologia e fornecedora de serviços digitais, sem, porém, esquecer a conectividade. “O Brasil avançou muito. Consome muita internet, mas ainda há muitos brasileiros sem acesso a esse serviço”, observou. Não é por acaso que a Vivo está investindo em novos mercados como a aquisição de empresas ligadas à saúde e ao Open Banking.

No caso de infraestrutura de conectividade, a Vivo também parece disposta a contratar de redes neutras, independente da Fibrasil. A empresa mantém a meta de chegar a 29 milhões de residências ao final de 2024, mas não está disposta a investir mais na construção de rede própria. “Se há ativos no mercado, vamos usar. O que nos interessa é o serviço que vamos prestar”, detalhou.


Indagado pelo Convergência Digital da afirmação do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, que pediu proposta à mesa para a questão do fair share – a cobrança pedida pelas teles para as big techs por conta do tráfego de dados – Gebara, que é presidente da Conexis, preferiu ser cauteloso sobre uma possível posição nacional única. “Esse é um tema mundial e temos a GSMA à frente das discussões. Aqui estamos muito alinhados é o que posso dizer”, completou Gebara.

Botão Voltar ao topo