Telecom

Qualcomm: Covid-19 não impede o leilão do 5G ainda em 2020

A Qualcomm não admite pensar que o leilão 5G será adiado para 2021. “Trabalhamos muito para que o leilão aconteça ainda em 2020. A pandemia de Covid-19 não pode ser usada. O 5G será vetor da recuperação econômica do País. O Brasil está atrasado”, afirmou o vice-presidente de relações governamentais América Latina da Qualcomm, Francisco Giacomini, em encontro virtual com a imprensa nesta quinta-feira, 30/04.

A fabricante defende ainda que o leilão venha a ser 50% arrecadatório para o tesouro nacional e 50% voltado para reinvestimento em obrigações de cobertura e rede. “Queria ser mais otimista e poder aplicar para as teles o mesmo critério dado às operadoras regionais- 10% para o Tesouro e 90% para reinvestimento em rede e cobertura, mas sei que não será realidade. Então 50%/50% seria o ideal nesse momento”, acrescenta Giacomini.

O executivo da Qualcomm diz ainda que a possível venda da Oi Móvel não deve interferir no cronograma do leilão 5G. Segundo ele, a Oi deverá apresentar interesse pelo bloco de 60 MHz não destinado às operadoras regionais. “Mesmo que se concentre na operação fixa, de fibra, a Oi não deve abrir mão de espectro. A questão é: ela terá condições de comprar? ninguém tem essa resposta. Ela vai querer comprar? ninguém sabe também. Então o bloco pode ser divido para outras operadoras, um bloco de 20 Mhz e outro de 40 MHz”, reforça Giacomini.

A Qualcomm lembra que o 5G já foi implementado em todo o mundo, com operações comerciais já ativas nos Estados Unidos, Europa e China, onde as três principais teles já têm o serviço de 5G. A Coreia soma mais de cinco milhões de conexões 5G em apenas um ano. Projeção da fabricante é que, em 2023, o mundo tenha 1 bilhão de conexões 5G, uma vez que adesão ao novo serviço será duas vezes mais rápida do que aconteceu com o 4G.


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