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Starlink pressiona Anatel e passa a recusar clientes à espera de mais satélites

Empresa também reduz velocidade de conexões enquanto aguarda agência liberar nova frota

A Starlink começou a recusar novos clientes e até mesmo a reduzir a velocidade das conexões de banda larga via satélite enquanto aguarda autorização da Anatel para ampliar o serviço no Brasil. Ou assim tem alegado a empresa em conversas com a agência reguladora.

A empresa do bilionário Elon Musk apresentou um pedido, em dezembro de 2023, para quase triplicar a frota de satélites de baixa órbita – atualmente são 4,4 mil e a Starlink quer mais 7,5 mil.

A empresa começou a operar no Brasil em meados de 2022 e rapidamente se tornou a principal fornecedora do segmento. Até aqui são 334,7 mil acessos em serviço no país, o que representa 60% das 563 mil conexões em banda larga fixa via satélite em operação.

Segundo informou à Anatel, a Starlink vem restringindo novas contratações e limitando a velocidade das conexões a 5 Mbps por conta da alta demanda frente ao limite de capacidade dos artefatos já em serviço na órbita brasileira.

O processo deu entrada em dezembro de 2023, mas durante a maior parte de 2024 a empresa precisou apresentar informações sobre espectro e coordenação com outras constelações de satélites em operação no país.


O pleito chegou ao Conselho Diretor da agência em novembro do ano passado e no início de março de 2025, o relator do pedido, Alexandre Freire, pediu esclarecimentos sobre impactos à soberania nacional, diante da possibilidade de operação fora da jurisdição brasileira.

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