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Copilot supera ChatGPT em mercado de IA ainda restrito no Brasil

Pesquisa da FGV mostra que 75% das empresas usa muito pouco a tecnologia

A inteligência artificial generativa domina as conversas no mundo corporativo, mas a implementação efetiva nas empresas brasileiras ainda está em fase inicial. Os dados da 36ª edição da Pesquisa Anual do FGVcia revelam uma realidade contraditória: enquanto 80% das organizações afirmam utilizar a tecnologia, 75% admitem que seu uso é “muito pouco”. Essa percepção é confirmada pela pesquisa TIC Empresas 2024 do CGI.br, que aponta apenas 13% de adoção efetiva – patamar similar ao observado na União Europeia.

Pela primeira vez, o estudo mapeou a participação das principais plataformas no mercado brasileiro. O Microsoft Copilot lidera com 40% de utilização, seguido pelo ChatGPT da OpenAI com 32%, enquanto o Google Gemini aparece com 20% de participação. Outras soluções somam os 8% restantes.

“Chamou atenção o baixo uso de inteligência artificial nas empresas. Todo mundo fala, fala e fala de inteligência artificial generativa, mas as empresas estão usando muito pouco”, destacou o professor Fernando Meirelles, coordenador do estudo. “A pesquisa não perguntou qual a barreira para uso de IA, mas com certeza é pela falta de gente que entende disso”, disse.

O estudo lista alguns desafios para uma adoção mais ampla. As empresas enfrentam dificuldades para mensurar o retorno sobre investimentos em IA, com muitos considerando impossível calcular um ROI preciso. A gestão de dados representa outro obstáculo significativo, já que 78% das organizações ainda não estruturam adequadamente seus dados para alimentar sistemas de IA. Além disso, questões culturais e resistência à mudança surgem como barreiras persistentes na transformação digital.

Os programas de Inteligência Analítica (BI – Business Intelligence and Analytics) continuam sendo uma categoria de destaque e entre as mais lucrativas para os fabricantes. Microsoft, com 28%; SAP, com 21%; Qlik tem 18%; seguidos por Oracle, Totvs e IBM. Os seis detêm 93% desse segmento. Apesar de todo o arsenal de ferramentas modernas, 90% do uso de Inteligência Analítica no departamento financeiro das empresas é Excel.


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