5G será a ‘nuvem das nuvens’ e APIs abertas exigem atenção redobrada
O 5G será a ‘nuvem das nuvens’ e exige uma mudança significativa das operadoras de telecomunicações, sustenta o diretor de vendas da F5, Maurício Ribeiro. Segundo ele, a maturidade em edge computing, que é a aplicação indo para a borda, virá na ‘marra’ com a chegada do serviço comercial do 5G.
Em entrevista à CDTV, Ribeiro lembra que os microsserviços serão uma realidade com o 5G e as operadoras- no mundo – ainda não estã0 preparadas. “A comunicação entre os microsserviços vai ser diferente. O tráfego entre contêineres é um conceito novo e será comum por conta das aplicações em diferentes nuvens. O time do core tem de passar a entender esse cenário”, observou.
Para o executivo da F5, as operadoras estão, hoje, centradas em três itens: automação, expansão da digitalização, que passa pela chegada do 5G e no uso da inteligência artificial para ganhar eficiência operacional. No segundo semestre passado, a F5 realizou um estudo com líderes de 68 operadoras de telecom no mundo, sendo quatro de provedoras brasileiras. Nele ficou evidenciado que os desafios enfrentados pelas operadoras em relação ao uso e proteção das APIs (Application Programming Interfaces), outro elemento crítico das redes 5G, uma rede totalmente definida por software.
Entre as 68 operadoras pesquisadas, 71% ou já estavam utilizando ou se preparavam para, ao longo de 2022, implementar soluções de proteção das APIs que estão modernizando as aplicações que suportam os processos dessas empresas. “A cultura de APIs dos Services Providers ainda precisa ganhar maturidade”, observou Ribeiro.
“Enquanto o domínio sobre essas linguagens é algo habitual para os desenvolvedores de aplicações, o mesmo não ocorre com os experts em redes”, salientou. O levantamento apurou que no Brasil, o Edge Computing tem sido visto primeiramente como uma resposta à disseminação de dispositivos IoT. Isso está acontecendo especialmente em serviços públicos (facilities como plantas de energia e água) e em aplicações industriais.
Ainda no Brasil, a F5 busca conquistar as operadoras entrantes – e sem legado – portanto com mais facilidade de adotar o modelo da Rakuten, operadora japonesa 5G, cliente da companhia. Ribeiro lembra ainda que o país está no centro das atenções. “Ao definir usar o 5G standalone desde o início, o Brasil será o primeiro país com um número absurdo de assinantes com um projeto dessa envergadura. Na Europa, o 5G está híbrido com o uso do 4G. O mundo vai ficar atento à nossa implementação”, ressaltou. Assistam a entrevista completa com Maurício Ribeiro, diretor de vendas da F5.