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Com nuvem e IA como prioridades, Indra terá hub de serviços de TI na Paraíba

Inteligência Artificial para o mundo híbrido; dados na nuvem e cibersegurança são os pontos estratégicos de atuação da Indra no Brasil, revelou o CEO da companhia, Marcelo Bernadino, em entrevista exclusiva ao Convergência Digital.

No próximo dia 22 de setembro, a companhia ativa o seu terceiro delivery center no Brasil, dessa vez, em João Pessoa, na Paraíba, que se junta aos de São Paulo e Rio de Janeiro. Expectativa é contratar 500 profissionais que vão atuar com serviços de TI para o mercado externo e interno. Hoje, o Brasil, alías, representa 20% da folha global de funcionários, em torno de 54 mil. “Estamos com muita atenção em programação para Low Code, CRM e fábricas de software Java e .Net”, contou Bernardino.

Os planos para o país são audaciosos. Com 30 anos de presença, a Indra fez aquisições para ficar mais forte e ainda prevê novas aquisições para consolidar entre as três principais provedoras de serviços de TI do país. Antes muito direcionada para Governo, agora, a vertical representa 30% dos negócios. Os outros 70% estão voltados para energia, varejo e gestão de prefeituras, como as de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e João Pessoa, na Paraíba, além dos grandes bancos e operadoras de telecomunicações.

Um dos maiores desafios enfrentados pela Indra, observou Bernardino, é a falta de mão de obra especializada e a companhia está apostando muito em capacitação. Em São Paulo, a empresa está formando profissionais na área técnica e 50+ e no último trimestre deste ano, os primeiros treinados vão estar disponíveis no mercado. “Esses profissionais não serão apenas para a Indra. Com as nossas capacitações, esse profissional será absorvido em qualquer empresa que necessite de TI”, destacou o CEO.

2022 está sendo um ano duro, mas as metas serão cumpridas, mesmo o peso da inflação e da valorização da mão de obra de TI. “Vamos bater nossas metas e manter nosso ritmo este ano. Em 2023, mesmo ciente que as dificuldades vão continuar, acreditamos muito na maturidade da transformação digital”, detalhou Bernardino. Em cibersegurança, o carro-chefe é o trabalho feito na Petrobras, onde a prestadora de serviços de TI avalia todos os dados transacionados e a partir dessa avaliação, há a identificação dos riscos prováveis antes do ataque.


A Indra também aposta muito no 5G como impulsionador de consumo de dados. Para Marcelo Bernadino, as redes privadas 5G serão usadas no agronegócio, na manufatura, na logística e há um potencial enorme de serviços a serem prestados a partir da melhor coleta e transmissão dos dados.

“O phygital será uma realidade e temos de nos preparar”, adiantou o CEO. O 5G, aliás, abre frente para novos negócios voltados à gestão inteligente em diferentes áreas como turismo e até mesmo no Governo. “Tudo isso aliado ao melhor uso da nuvem, como é o nosso caso para o sistema de gestão fiscal, usado em Santa Catarina, Porto Alegre, Maceió e João Pessoa. Tudo muito simples e de fácil implementação”, completa.

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