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Com Serpro, AWS ataca duas pontas dos contratos de nuvem no governo

A gigante global de serviços em nuvem AWS correu na frente e se posicionou em duas frentes para atender a transformação digital do governo brasileiro. De um lado, em um acordo com a Claro/Embratel, se tornou a primeira fornecedora direta em contratos acompanhados pela Secretaria de Governo Digital. E foi a primeira a se garantir na multinuvem que o Serpro passa a oferecer aos órgãos públicos. 

“Conseguimos atender muitos dos requisitos da Estratégia de Governo Digital 2020-2022 e muitos serviços poderão ser complementados e implementados usando essa parceria, pela transformação digital do governo brasileiro”, festejou nesta terça, 2/6, o diretor de setor público da AWS no Brasil, Paulo Cunha, durante apresentação online do acordo AWS/Serpro. 

O presidente do Serpro, Caio Paes de Andrade, adiantou que o objetivo é oferecer um cardápio de serviços de nuvem para os clientes, posicionando a empresa como broker. “O que o Serpro se propõe a fazer é ser um vetor importante, um pilar da transformação digital do Estado brasileiro”, afirmou. 

A AWS fornece a ‘nuvem’ que sustenta os contratos ganhos pela Claro/Embratel no que é a primeira nuvem pública do governo federal, com 23 órgãos. Mas via Serpro o potencial é até maior. Se o atendimento dos 23 órgãos em nuvem pública envolveu contratos que somam cerca de R$ 55 milhões, o acordo com o Serpro prevê até R$ 71,2 milhões em cinco anos. E segundo o diretor de operações da estatal, Antonino dos Santos Guerra, mais de uma centena de novos clientes estão em prospecção. 

Até por isso, demais fornecedores de nuvem virão para o guarda-chuva do Serpro. “Outros parceiros virão, porque a característica da nuvem de uma empresa como Serpro, de governo, é que a gente tenha mais de um parceiro para prestar o serviço. Todos os eventuais suspeitos estão à mesa. Estamos conversando com todos que tem nuvem desse nível, com alta tecnologia e segurança”, reconheceu Caio Paes de Andrade. Estão na fila acordos semelhantes com Huawei, Microsoft, Google, Oracle e IBM. 


São acordos mais ágeis, em resposta à queixa de demora dos processos pela via estatal. “O setor público, pelas regras que tem que obedecer, acaba ficando lento, e a tecnologia voando. Se não conseguirmos fazer as parcerias não vamos conseguir fazer frente aos desafios que serão colocados. Para isso é muito importante a Lei das Estatais”, explicou o presidente do Serpro. 

Firmado a partir do chamamento público aberto pela estatal ainda em 2019, os acordos são no modelo de parceria de negócios, sem licitação. Significa que Serpro e AWS, por exemplo nos termos já firmados, vão dividir as receitas a partir da venda dos serviços em nuvem. 

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