Claro vence licitação do MEC para prover chips a estudantes.Oi fica de reserva
O Ministério da Educação anunciou nesta segunda, 17/8, que a Claro foi a escolhida para fornecer chips a alunos de instituições federais de ensino superior e profissionalizante. A Oi foi selecionada como ‘reserva’ para casos não atendidos pela Claro. E a Algar já tinha sido anunciada para fornecer pacotes adicionais, no caso de alunos que já tenham dispositivos com planos de dados.
Como explicou o MEC em apresentação online realizada nesta segunda, a primeira etapa começa com 72 mil estudantes de 25 universidades que já estão com atividades remotas. Alunos das outras 44 universidades federais poderão receber chips ou pacotes de dados à medida em que as instituições retomem o calendário com aulas à distância. Com as escolas profissionalizantes, o programa alcança 110 instituições em 797 municípios.
“O percurso administrativo, toda a burocracia interna, nos torna um pouco mais lentos e isso foi uma das causas pela qual a gente demorou um pouco mais para oferecer isso. É uma boa iniciativa colocar à disposição dos alunos que não têm condições de comprar. Os números indicam, sobretudo nas escolas federais, que 90% dos alunos já possuem equipamento então vamos fornecer os chips. Cerca de 400 mil alunos vão poder ter acesso nesse projeto”, disse o ministro Milton Ribeiro.
O MEC e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, responsável pela contratação das operadoras, levantaram junto às instituições federais que existem 900 mil estudantes em situação de vulnerabilidade, aí considerados aqueles com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo. Neste momento, a contratação poderá beneficiar 400 mil deles, com renda familiar de até meio salário per capita. Mas de começo são aqueles 72 mil que estão em instituições com aulas remotas já implementadas.
Inicialmente, a ideia é fornecer os chips ou pacotes de dados durante o período “oficial” da pandemia, previsto no Decreto de calamidade pública, portanto até 31 de dezembro deste 2020. Nesse caso, considerando que os 400 mil estudantes previstos sejam contemplados, o custo do programa até o fim do ano será de R$ 24 milhões. A depender da modalidade, os preços variam entre R$ 0,50 a R$ 2,28 por GB/mês. Mas como indicou o presidente da RNP, Nelson Simões, o modelo pode ser ampliado em 2021.
“Essa solução é um template, mostra que é possível construir soluções que serão muito importantes, superado esse período da pandemia, para conectividade e inclusão dos domicílios dos alunos. Cada vez mais a educação será de forma híbrida, presencial e remota, e assim podemos construir modelos a partir de 2021 para essa inclusão, com banda larga fixa em conjunto com a banda larga móvel.”
Para atender os alunos, a RNP fez duas contratações. Uma para os pacotes de dados, a serem fornecidos pela Algar, para atender aqueles alunos que já possuem o dispositivo com acesso à internet. São planos de 10 GB a 40 GB. A outra é para a distribuição de chips para os estudantes. Nesse caso, os chips serão da Claro, com a Oi de ‘stand by’ para eventuais casos em que não haja cobertura. Nesses, os planos variam de 5 GB a 40 GB. “Os números indicam, sobretudo nas escolas federais, que 90% dos alunos já possuem equipamento então vamos fornecer os chips”, explicou o ministro Ribeiro.