Inteligência Artificial e capacitação digital ganham status estratégico no MCTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou novas orientações sobre as prioridades de pesquisa e desenvolvimento, com atenção especial em “recuperação” da infraestrutura de PD&I, formação, capacitação, atração e fixação de recursos humanos e aproveitamento da biodiversidade. 

Em termos mais diretos, o MCTI alinhou premissas a serem consideradas em uma Estratégia Nacional de C&T até 2030, mas de teor mais generalista, como “reindustrialização em novas bases e apoio à inovação”, “projetos estratégicos nacionais” e “desenvolvimento social”. 

 “Nosso objetivo é promover o alinhamento institucional de todos os órgãos que integram a estrutura do Ministério, com foco em programas e projetos estruturantes que alavanquem o desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou a ministra de C&T, Luciana Santos. “Além disso, queremos promover a sinergia entre os atores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para ampliar os impactos e benefícios dos investimentos nessa área”, acrescentou.

Mas ao mesmo tempo que olha para essa futura Estratégia, o MCTI revogou as diretrizes anteriores, fixadas em 2021. Lá a opção fora apontar para 16 áreas especificamente indicadas. Agora, apenas três são expressamente mencionadas: inteligência artificial, nanotecnologia e biotecnologia.

Por outro lado, ainda que um maior detalhamento seja esperado da Estratégia, a nova diretriz traz entre os objetivos da política a “difusão massiva da conectividade e capacitação digital para a população brasileira”, o “desenvolvimento de tecnologias sociais e assistivas” e, ainda, a “geração de soluções inovadoras para ampliar a segurança alimentar e erradicar a fome no Brasil”.


A Estratégia até 2030 está diretamente associada à Quinta Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI) – e portanto a retomada do modelo de conferências setoriais. A 4ª CNTI foi há 13 anos, em 2010. Mas parte do novo alinhamento já deve começar a ser incorporado pelos agentes de fomento. 

Notadamente, a normativa do MCTI determina que a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq ajustem suas respectivas linhas de financiamento para acomodar o previsto nesta nova Portaria. 

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