Internet avança para 92% das unidades básicas de saúde com a Covid-19
A Pesquisa TIC Saúde 2021 mostra que a pandemia de Covid-19 acelerou a conectividade dos estabelecimentos médicos no Brasil. O acesso à internet nas Unidades Básicas de Saúde cresceu 10 pontos percentuais desde 2019, passando de 82% para 92% dos estabelecimentos.
Já o uso de computador também aumento, de 91% para 94% no mesmo período. Dessa forma, em um universo próximo de 40,6 mil UBS, cerca de 2,5 mil não possuem computador e 3,4 mil não têm acesso à rede.A pesquisa é realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
“Esse aumento pode estar relacionado à maior necessidade de digitalização das informações em função do cenário da pandemia. Assim como ocorreu com os domicílios e os indivíduos, esses dados mostram que existiu uma demanda crescente por digitalização nesse período”, afirma o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Houve um avanço no uso de sistemas eletrônicos para registro de dados dos pacientes – passou de 82%, em 2019, para 88%, em 2021. Essa tendência de elevação ocorreu em praticamente todos os estratos investigados pela pesquisa. Nas unidades públicas, subiu de 74% para 85% na comparação entre os dois anos, enquanto nas privadas, manteve-se estável, em torno de 91%. Em relação às UBS, 89% possuem algum tipo de sistema eletrônico.
Quanto à disponibilidade das informações dos pacientes em formato digital, também se verificou crescimento em relação à edição anterior. Nas UBS, as funcionalidades que registraram maiores aumentos foram: listar todos os pacientes por tipo de diagnóstico (de 43%, para 60% em 2021), realizar prescrição médica (de 58% para 75%) e compilar resultados de exames laboratoriais (46% para 62%).
A interoperabilidade entre sistemas eletrônicos de informação na saúde também avançou durante a pandemia. A pesquisa indica um maior número de estabelecimentos com sistemas que recebem ou enviam informações para outros sistemas eletrônicos da rede de atenção à saúde, principalmente nos públicos (de 25% em 2019, para 43% em 2021), incluindo as UBS (de 28% para 45%). A pesquisa realizou entrevistas telefônicas, entre janeiro e agosto de 2021, com 1.524 gestores de estabelecimentos de saúde localizados em todo o território nacional.
* Com informações do NIC.br