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Paraíba quer sediar um Centro de Computação Quântica

Investimento inicial seria de R$ 75 milhões, com recursos compartilhados entre o governo federal e estadual.

A Paraíba quer sediar um Centro de Computação Quântica. O projeto prevê um investimento inicial de R$ 75 milhões, com recursos compartilhados entre o governo federal e estadual. O pedido foi feito para ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, pelo governador da Paraíba, João Azevedo. A proposta envolve a aquisição de um computador desenvolvido por uma empresa chinesa, com transferência de tecnologia e formação de pessoal especializado.

“A Paraíba já tem tradição e competência na área tecnológica. Agora, queremos dar um salto e sediar um centro de referência em computação quântica, com uma proposta estruturada e integração ao esforço nacional que o MCTI está liderando”, afirmou o governador. “Estamos tratando de um centro de pesquisa de verdade. Não é só instalar uma máquina. É formar pessoas, integrar à rede nacional e abrir novas fronteiras para a ciência no Nordeste”, adicionou.

A ministra Luciana Santos destacou a importância da descentralização da infraestrutura científica e tecnológica brasileira, hoje concentrada majoritariamente nas regiões Sul e Sudeste. “Não podemos aceitar um sistema de ciência e tecnologia que reproduz desigualdades históricas. A proposta da Paraíba é música para nossos ouvidos, porque nos ajuda a levar equipamentos robustos e conhecimento avançado para outras regiões do país”, afirmou a ministra.

A reunião contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Almeida, que defendeu a integração da proposta paraibana à iniciativa nacional em construção. “Já estamos em diálogo com o time técnico da Paraíba para garantir que essa proposta se articule com os centros de pesquisa que atuam com computação quântica no país, como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o SENAI e a Unicamp”, informou.

O secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, lembrou que a proposta paraibana foi bem recebida durante os trabalhos do grupo técnico nacional sobre tecnologias quânticas.


“A Paraíba participou ativamente do GT e apresentou sugestões consistentes. Agora estamos finalizando o Plano Nacional, e a proposta apresentada pelo governador pode ser incorporada. Já existe no Plano a previsão de termos, sim, um computador quântico no Brasil”, afirmou Henrique. “É fundamental apoiar tanto a infraestrutura quanto as pesquisas na área da física, algoritmos e aplicações em inteligência artificial”.

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