Internet

Nove em cada 10 provedores Internet oferecem acesso por fibra ótica

A fibra ótica é a tecnologia mais usada pelos provedores de internet para a oferta de serviços, conforme revela a  TIC Provedores 2020. De abrangência nacional, a pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (7/7), tendo como público-alvo empresas que possuem licença concedida pela Anatel para prestação de Serviços de Comunicação Multimídia (SCM) e que são provedoras de acesso à Internet no Brasil.

O levantamento ratifica que nove em cada 10 provedores de acesso à Internet ofertam seus serviços com fibra ótica. Vale observar que o TIC Provedores 2020 levou em conta os dados contabilizados de 7007 empresas com declaração de acessos à Anatel, mas a estimativa do CETIC.br é de que haja 12.826 empresas provedoras em atividade no Brasil.

A estimativa é que 6.401 empresas tenham acesso via fibra ótica, um salto em relação às 2.416 de 2017. Em termos porcentuais, 91% dos ISPs têm fibra ótica contra 73% que têm acesso sem fio wireless via frequência livre — uma mudança em relação à edição de 2017, quando 78% tinham fibra e 84% rádio. A fibra ótica está presente em todas as regiões do País, mas, no Nordeste, a maior presença ainda é de cabo UTP. 

A pesquisa também mostrou que aumentou o número de ISPs conectados em algum PTT ou IX, passando de 1.289 em 2017 para 2.442, em 2020. Há, contudo, uma menor participação de provedores de pequeno porte e de provedores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, a pesquisa ressaltou o crescimento de ISPs em PTTs, sendo 115% no Norte; no Nordeste, 122%; no Sudeste, 99%; no Sul, 50%; e no Centro-Oeste, 70%. A pesquisa, porém, apura que 53% dos provedores com menos de cem acessos afirmaram que não estão em algum PTT ou IX devido ao alto custo da infraestrutura de transporte.

Com relação à IPv6, ainda há uma menor entrega de IPv6 entre provedores com menos de 300 acessos, mas o número total de ISPs que entregam Ipv6 passou de 922, em 2017, para 3.102 em 2020. O maior crescimento da ativação do Ipv6 foi entre os provedores de 301 a mil  acessos. A falta de equipamentos apropriados e falta de pessoal capacitado são os motivos mais citados para a não entrega de IPv6.


Já com relação à segurança, 1.793 provedores com declaração de acessos afirmaram que sofreram ataques de negação de serviços. Além disso, 35% dos provedores que receberam ataques tiveram seus serviços paralisados e 51% continuaram operando, mas com lentidão.

Em função da pandemia COVID-19 e do consequente distanciamento social, mais do que nunca, as empresas do segmento tiveram de marcar presença no ambiente digital. Outra novidade desta edição da pesquisa foi a observação feita no que diz respeito à atuação on-line do setor de provimento de acesso. Em 2020, já a maioria dos provedores (84%) possuía website, com destaque para os localizados no Sudeste (90%) e Sul (87%).

Pouco mais de dois terços dos provedores que declararam acessos (69%) afirmaram que comercializaram serviços usando a rede. A maior parte, 60%, revelou ter vendido produtos e serviços por meio de aplicativos de mensagem instantânea, e 51% disseram ter pago anúncios na Internet – proporção que cresce de acordo com o aumento no número de acessos do provedor, chegando à totalidade nos grandes provedores.

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