O Supremo Tribunal Federal e a Anatel anunciaram a adoção de medidas adicionais de segurança cibernética depois que ambas as instituições foram alvo de ataques hacker na sequência da suspensão do acesso ao X, ex-Twitter, no Brasil.
“Desde sexta-feira a rede da Anatel está sofrendo ataques cibernéticos, em razão do cumprimento da decisão de bloqueio da plataforma X”, revelou ao Convergência Digital o presidente da agência, Carlos Baigorri, na segunda, 2/9.
A Polícia Federal também comunicou ter sido alvo de ataques. “A Polícia Federal investiga ataque cibernético que gerou instabilidade em serviços prestados pela instituição nesta terça-feira. O acesso aos serviços já foi restabelecido e não foi detectado comprometimento aos sistemas”.
Nesta terça, 3/9, em nota, a Anatel informou que seus sistemas foram restabelecidos:
“A Anatel esclarece que, como uma organização pública de grande relevância, é alvo frequente de ataques cibernéticos, especialmente em circunstâncias que envolvem temas sensíveis. Após a decisão do STF de bloquear o ‘X’, a Agência observou um aumento esperado nesses ataques, o que ocasionou instabilidades momentâneas em seus sistemas e redes. Em resposta, a equipe de TI da Anatel agiu de forma contínua para mitigar os impactos e garantir a segurança das operações.
Os sistemas foram prontamente restabelecidos, e medidas adicionais foram adotadas para fortalecer a infraestrutura de rede, assegurando a continuidade dos serviços prestados à sociedade. A Anatel continua a monitorar a situação de maneira proativa e reafirma seu compromisso com a segurança cibernética e a proteção dos dados, mantendo as melhores práticas para resguardar suas operações e o atendimento aos usuários.”
De forma semelhante, o STF também adotou “novas camadas de segurança” para lidar com os ataques.
“No último dia 29/08, sistemas do STF foram alvo de um DDoS (ataque de negação de serviço), ou seja, milhares de acessos simultâneos com o intuito de desequilibrar a rede e inviabilizar os serviços. Os sistemas ficaram inoperantes por menos de 10 minutos. A equipe técnica do tribunal agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança, de modo que todos os acessos foram normalizados e não houve nenhum prejuízo operacional ao Tribunal”, diz o Supremo, em nota.
