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Dólar em alta já provocou aumento de 10% nos preços dos PCs

A venda de computadores cresceu 5,5% na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste 2018, com alta que chega a 14% na comparação com 2017. Segundo a consultoria IDC, foram comercializados 1,41 milhão de equipamentos, com ganhos ainda maiores no faturamento, que cresceu 19% sobre o período de janeiro a março – e 27,5% sobre o segundo trimestre do ano passado.

O crescimento foi sustentado pelas vendas de notebooks. Dos 1,41 milhões de computadores vendidos no período, quase 70% foram de notebooks (977,5 mil), contra 436,9 mil modelos de mesa. É basicamente a mesma proporção verificada no primeiro trimestre, quando os notebooks responderam por 69,3% das vendas, enquanto os desktops representaram 30,7%. Em termos de receita, os desktops movimentaram R$ 935 milhões e os notebooks, R$ 2,63 bilhões.

De acordo com a IDC, o desempenho no segundo trimestre se deve especialmente a compras de governo e do mercado educacional, em movimento já esperado para anos eleitorais. No varejo, as vendas de 887 mil máquinas representaram um crescimento de 5,3% sobre o mesmo período de 2017 e de 3,7% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

Também houve mudanças nos preços. No segundo trimestre de 2018, os desktops custaram cerca de R$ 2.190, 11% a mais em relação ao mesmo período do ano passado e 10% mais do que no primeiro trimestre deste ano. Já os notebooks custaram, em média, R$ 3.243, 6,5% a menos que 2017, mas ficaram 13% mais caros do que os vendidos nos três primeiros meses de 2018.

Segundo a consultoria, essas mudanças nos valores dos equipamentos são reflexo direto do aumento do dólar em relação ao real. Com o salto da moeda americana, os fabricantes não conseguiram mais manter os preços do final do ano passado.


Nessa lógica, a IDC prevê ainda um pequeno aumento nas vendas de PCs no terceiro trimestre, por conta das compras que costumam ser antecipadas em anos eleitorais. Quanto ao dólar, o impacto deve continuar. Ainda assim, a consultoria acredita em alta de 6,3% nas vendas para o mercado corporativo, enquanto aposta em recuo de 5% nas vendas aos consumidores, que provavelmente vão esperar promoções da Black Friday e o Natal.

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