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GWCloud: Passou da hora de o Brasil regulamentar os criptoativos

Ao criar a SmartFinance, unidade de negócios voltada para a oferta de serviços financeiros, a GWCloud quer aproveitar a transformação que acontece no segmento por conta do Open Banking, do Open Finance, das fintechs e dos superapps, e claro, dos criptoativos, revelou à CDTV, do portal Convergência Digital, o vice-presidente de Inovação & Parceiras, da Global Technology Investments, holding da GWCloud, Janssen Lobo. Segundo ele, há um ‘mar aberto’ para ser conquistado, especialmente, os 30 milhões de desbancarizados.

“O momento é incrível. Todo mundo se mexendo. Os bancos tradicionais sabem que precisam flexibilizar por conta das fintechs, mas sabemos também que há fintechs que não vão se sustentar no médio e longo prazo. Todas, no entanto, sabem que a personalização é o presente e o futuro do sistema financeiro. E aqui, a SmartFinance quer entrar com oferta de soluções como serviços”, reportou.

Janssen Lobo admite que o correntista está fragilizado e buscando entender as mudanças que estão acontecendo, em especial, sobre o compartilhamento de dados com os bancos. “Os bancos tradicionais erram em não fazer campanhas objetivas. O cliente precisa ser bem informados. Muitos têm mais de uma conta bancária e não aproveitam as vantagens como taxas de juros menores, oferta de crédito, e outros serviços”, reforça.

O VP da GWCloud observa que os bancos criaram bunkers de tecnologias, muitos com mais de 1000 desenvolvedores permanentes. Na Europa, esse número cai para 100 desenvolvedores por banco. “Nós queremos desenvolver as nossas tecnologias e somos bons, mas, ao mesmo tempo, criamos ilhas e temos uma ineficiência na integração. Contratar soluções como serviço é o presente e será o futuro no engajamento e no core bancário”, assinala. A SmartFinance, por exemplo, criou uma fintech, a Money Cloud, para personalizar suas soluções desenvolvidas a partir de parcerias estratégicas com a Backbase e a Mambu.

Uma das apostas da GWCloud/Smart Finance são os criptoativos. Tanto que a empresa desenvolveu um sistema colaborativo para parceiros e desenvolvedores com a criação de um criptoativo para a negociação no ecossistema. Mas Janssen Lobo adverte: passou da hora de o Brasil regulamentar os criptoativos para dar segurança jurídica aos investidores e troce para que o projeto de Lei 4401/21, seja, aprovado no Congresso Nacional para que o Banco Central e a Receita Federal possam fazer as normas esperadas.


“O criptoativo é um sistema de risco, mas precisa ter uma regulamentação para assegurar os investimentos. Permitir que um fazendeiro da Austrália compre um token de uma fazenda do Brasil. Na verdade, se pensarmos, os programas de milhagem são um modelo para os criptoativos. O que temos de fazer é assegurar ao correntista que criptoativo não é pirâmide financeira. São absolutamente distintos”, relata o VP da GWCloud. Assistam a entrevista completa com Janssen Lobo e entenda o impacto da transformação do Open Banking, do Open Finance e dos criptoativos no setor financeiro brasileiro.

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