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Mercado

IBGE: Informática é top em vendas online e tem maior salário do comércio

A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2022, divulgada pelo IBGE nesta quinta, 25/7, destaca a relevência das vendas de artigos de informática no país. Além de mostrar o salto de 79,2% nas vendas online desde a pandemia de Covid-19, o IBGE aponta para o protagonismo obtido pelas vendas de atacado, nas quais a TI também é relevo, com os maiores salários médios.  

A pesquisa faz um recorte sobre os dados de comercialização pela Internet referentes às empresas do estrato certo da amostragem, ou seja, aquelas com 20 ou mais pessoas ocupadas ou com nível elevado de receita. A Internet aparece no questionário da PAC como uma das formas de comercialização de que dispõem as empresas, que incluem vendas por sites, aplicativos, mídias sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.  Entre 2019 e 2022, o número de empresas comerciais que usaram essa forma passou de 1,9 mil para 3,4 mil, um aumento de 79,2%.

“Em 2019, apenas 4,7% das empresas realizavam algum tipo de comercialização por Internet e, em 2022, esse valor subiu para 8,0%. Houve um salto de 2019 para 2020, que já era esperado por conta da pandemia, e depois, um crescimento menor nos anos seguintes”, aponta o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda.

Em relação às atividades varejistas com maior participação no número de empresas que comercializam por Internet, destacam-se informática, comunicação e artigos de uso doméstico (20,3% do total), material de construção (16,3%) e tecidos, vestuário, calçados e armarinho (15,0%).

“Observamos que o setor de informática, comunicação e artigos de uso doméstico foi o mais relevante em relação ao total de empresas do comércio varejista que vendem pela Internet. Mas também foi o que teve maior perda de participação desde o período pré-pandemia, uma queda de 4,2 pontos percentuais”, explica Miranda.


Ainda em relação ao período pré-pandemia, o percentual de receita bruta do varejo relacionada às compras realizadas pela Internet aumentou de 5,3%, em 2019, para 8,4%, em 2022.  Mas, na comparação com 2021, houve redução de 0,7 p.p.

“Em 2022, principalmente a partir do segundo semestre, quando houve a abertura completa do comércio e dos serviços e as restrições foram eliminadas, as vendas que não são pela Internet podem ter sido impulsionadas, fazendo com que a relevância do comércio online tenha caído”, analisa. 

As atividades com maiores ganhos de participação na receita bruta de revenda por meio da Internet entre 2019 e 2022 foram hipermercados e supermercados e comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (ambas com 3,1 p.p.). Já a que registrou a maior queda foi o comércio varejista de informática, comunicação e artigos de uso doméstico (-3,8 p.p..). Apesar disso, essa atividade ainda responde pela maior parte dessas receitas (60,4%).

O IBGE também ressalta que o comércio por atacado avançou 6,7 p.p. entre 2013 e 2022 e se manteve o mais representativo do setor, com 51,0% do faturamento total, maior taxa desde 2007. Da receita bruta total de R$ 7,2 trilhões, R$ 621,1 bilhões foram do comércio de veículos, peças e motocicletas; R$ 2,9 trilhões do comércio varejista e R$ 3,7 trilhões do comércio por atacado.

A menção é relevante porque enquanto como um todo o rendimento médio do empregado no comércio é de dois salários mínimos, ele chga a 2,9 s.m.no atacado porque o comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI e comunicação é mais que duas vezes superior á média, com 4,4 s.m.

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