Pix cai no gosto do brasileiro e responde por 1/3 das transações de meio de pagamento
O Pix caiu no gosto do brasileiro e arrebata o mercado de transações financeiras no Brasil. Em quatro meses, as transações por Pix passaram de 7% para 30% o que ocasionou um ‘roubo’ de mercado dos DOCs/TEDs, que caíram de 25% para 19% e das próprias maquininhas de pagamentos que tiveram as transações reduzidas de 68% para 51%. “O Pix é o queridinho do brasileiro”, assume o gerente geral de TI do Banco do Brasil e diretor setorial de TI da Febraban, Rodrigo Mulinari.
Vale lembrar que, hoje, os bancos não cobram taxas pelas transferências de Pix entre as pessoas físicas. Enquanto, as transações TED/DOC e máquinas de pagamento têm custo considerável na cesta de tarifas. Os bancos também ainda não fecharam o pacote PIX.”Mesmo que os bancos venham a cobrar, não acredito que o Pix venha a cair por conta das facilidades ofertadas pelo modelo”, afirmou Mulinari.
Os dados sobre o Pix foram divulgados na 29ª Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2021, com ano-base 2020, nesta quinta-feira, 24/06. O levantamento mostra que as transações Pix, em novembro, somavam 52,9 milhões, em março houve um salto para 338,2 milhões, o que significa um salto de 471%. O número de usuários cadastrados com mais de 30 recebimentos por Pix por mês aumentou de 6 mil para 519 mil em março.
As transações por Pix são impulsionadas pelas pessoas físicas – que respondem por 83% das transações. Já as empresas aparecem com apenas 17%, mas com forte tendência de alta. “Três em cada quatro transações do Pix são pessoas físicas, mas as empresas observam o movimento e incrementam o uso do Pix de empresas para empresas. Em 2021, teremos um consolidado diferente no chamado B2B”, diz Rodrigo Mulinari.
“O sucesso do Pix não surpreendeu, mas é verdade que o Pix caiu no gosto do brasileiro”, afirmou Sérgio Biagini, sócio líder da Deloitte para a indústria de Serviços Financeiros no Brasil, e responsável pelo estudo.
No ano passado, pela primeira vez, as transações realizadas no mobile banking representaram mais da metade (51)% do total das operações feitas no país, revela a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2021 (ano-base 2020), divulgada hoje no CIAB FEBRABAN 2021.
O número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões, ante 37 bilhões no ano anterior. Em todos os canais bancários (celular, internet, maquininhas, agências, caixas eletrônicos, correspondentes bancários e contact centers), o total das operações feitas pelos clientes chegou a 103,5 bilhões, um crescimento de 20% – o maior dos últimos anos do estudo, realizado pela Deloitte.
Juntos, os canais digitais (internet banking e mobile banking) concentram 67% de todas as transações (68,7 bilhões) e são responsáveis por 8 em cada 10 pagamentos de contas, e por 9 em cada 10 contratações de crédito. Entre os 21 bancos que participaram do levantamento, 8 responderam que foram abertas 7,6 milhões de contas pelos canais digitais, uma alta de 90% ante 2019.