Segurança

Para abater os hackers, países elegem a criptomoeda como vilã a ser combatida

As autoridades dos Estados Unidos e de 31 governos, entre eles o Brasil, decidiram a partir de reunião realizada na Casa Branca nesses últimos dois dias, coordenar uma resposta global ao crescente número de ataques de ransomware. Os países admitiram que padrões desiguais no monitoramento das criptomoedas ajudam os hackers a lucrar com crimes cibernéticos.

Os países se comprometeram a compartilhar informações sobre ataques cibernéticos, a pressionar empresas a reforçar a segurança digital e a combater a infraestrutura financeira que está beneficiando os hackers nos últimos anos.

A avaliação dos participantes do encontro global é que um escrutínio internacional consistente sobre as criptomoedas será fundamental para conter os hackers, já que os grupos que promovem ataques de ransomware conseguem transferir rapidamente os pagamentos feitos pelas vítimas para países com padrões mais frouxos de monitoramento de transições ilícitas.

“Estamos empenhados em aprimorar nossos esforços para combater o modelo de negócios do ransomware e as atividades de lavagem de dinheiro associadas”, disseram os representantes dos países em um comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (14).

As autoridades dos EUA, União Europeia, Japão, Brasil e outros países se reuniram virtualmente nesses dois últimos dias – 13 e 14 de outubro – para discutir o aumento dos ataques de ransomware, um movimento que o governo de Joe Biden classificou como uma ameaça à segurança nacional americana. Liderados pelos EUA, os países concordaram em usar técnicas para rastrear os pagamentos feitos pelas vítimas.


Também sinalizaram adotar uma linha mais dura para as regras de combate à lavagem de dinheiro para identificar os criminosos. Outro objetivo é pressionar operadoras de criptomoedas para dificultar esse tipo de operação. O governo dos EUA anunciou nos últimos meses medidas para conter os ataques de ransomware, expandindo a capacidade de alguns órgãos de rastrear as operações com criptomoedas e apreender fundos ilícitos.

*Com informações de agências internacionais

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