Reconhecimento facial protagoniza segurança na Copa América
Responsável por coordenar a atuação das forças federais e estaduais de segurança pública voltadas à manutenção da integridade dos torcedores que assistirão aos jogos da Copa América nos estádios, o Ministério da Justiça e Segurança Pública montou um forte esquema de vigilância no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília. É desse centro que serão monitorados, por exemplo, a rotina em aeroportos, hotéis, centros de treinamento, estádios e pelas rotas por onde passarão as várias equipes que participam do evento esportivo. Eventuais ocorrências em bares, restaurantes e nos estádios também serão monitoradas.
A operação contará com a participação de agentes da Secretaria de Operações Especiais, do Ministério da Justiça, além de membros da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Ministério das Relações Exteriores e representantes dos cinco estados onde haverá jogos: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O Ministério da Justiça confirmou que houve troca de dados entre os países participantes para a identificação de torcedores com históricos de violência. Para impedir a entrada de torcedores violentos nos estádios, a tecnologia de reconhecimento facial será utilizada durante a competição. Em São Paulo, serão usados dois sistemas: um da polícia civil do Estado para identificar torcedores locais e um da organizado do evento, a Commebol, com imagens dos torcedores dos demais países.
Já em Minas Gerais, as forças de seguranças vão usar uma plataforma de reconhecimento facial para monitorar comportamentos suspeitos. É a primeira vez que essa tecnologia, ainda em forma de teste, será usada no estado. As imagens de mais de 1,3 mil câmeras espalhadas pela capital mineira serão monitoradas no Centro Integrado de Comando e Controle. Ao identificar alguma atitude suspeita o sistema cruza as imagens obtidas com um banco de imagens e dados já armazenado para verificar se envolvem pessoas com mandados de prisão em abertos ou foragidos da Justiça.