Uber pagou para esconder vazamento de dados de 57 milhões de pessoas
Começou a reação de autoridades ao vazamento de dados admitido nesta terça, 21/11, pelo presidente da Uber Dara Khosrowshahi. No Reino Unido, onde a empresa já reclama de dificuldades, a agência de proteção de dados disse em comunicado que o pior foi a empresa esconder o fato por um ano. Nos Estados Unidos, a Procuradoria-Geral de Nova York iniciou uma investigação, e agências reguladoras da Austrália e das Filipinas avisaram que analisam o caso.
“Levanta grandes preocupações sobre as políticas de proteção de dados e a ética. Deliberadamente esconder vazamentos de reguladores e cidadãos pode atrair altas multas para as empresas”, disparou o vice comissário britânico James Dipple-Johnstone, segundo informa a Reuters.
No blog da empresa americana, o CEO Khosrowshahi diz que tomou conhecimento dos fatos apenas recentemente e sustenta que “nossos peritos externos não viram nenhuma indicação de que históricos de viagens, números de cartões de crédito, contas bancárias, números de seguro social ou datas de nascimento foram baixados”. “Nada disso deveria ter acontecido e não inventarei desculpas”, completou.
A empresa pagou US$ 100 mil para hackers manterem o vazamento de dados em segredo desde o fim de 2016. O relato é de que dois hackers tiveram acesso a informações armazenadas no GitHub. Roubaram credenciais do Uber para um provedor de serviços de nuvem separado, onde conseguiram baixar dados de motoristas e passageiros, informou a empresa.