Anatel: Economia Digital exige reavaliação de estruturas de Estado
Para o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, o setor de telecomunicações brasileiro vivencia um novo momento de transição, comparável ao desafio de estruturação ocorrido com a privatização do setor, no final da década de 1990. Como destacou ao abrir o Painel Telebrasil 2022, nesta terça-feira, 28/06, a economia digital exige um reposicionamento.
“Nos aproximamos de um novo momento de inflexão do setor, que vai exigir esforço e dedicação de cada um. O desafio que se aproxima é como reposicionar o Estado no que diz respeito à transformação digital”, afirmou Carlos Baigorri na abertura do evento nesta terça, 28/6, em Brasília.
Para Baigorri, será preciso uma visão mais unificada para este novo momento. “E estrutura do Estado é fragmentada para lidar com economia e serviços digitais”, disse. “Essa fragmentação da atuação do Estado é ruim para todos, para o empresário que tem que lidar com diversos balcões, para a política pública descoordenada, e é ruim para o consumidor e para a sociedade como um todo.”
“Temos Anatel, para telecomunicações; temos Ancine, para conteúdo, temos o TSE, que olha para fake News; temos o Comitê Gestor da Internet, que olha para registro de domínios, IPs; temos a ANPD, que olha para dados pessoais e privacidade; temos o MCTI, que olha para tecnologia. Cada um desses órgãos do Estado olha para uma árvore e ninguém olha para a floresta digital”, concluiu Baigorri.
A resposta, porém, ainda não existe. “Como superar esse desafio de reposicionar Estado à economia digital? Não tenho resposta. Mas a melhor resposta será construída com diálogo, cooperação e respeito, para um reposicionamento do Estado brasileiro para potencializar os benefícios da economia digital.”