Apple faz acordo de R$ 2,2 bilhões por reduzir desempenho de iPhones
A Apple concordou em pagar US$ 500 milhões, ou aproximadamente R$ 2,2 bilhões, para encerrar um processo judicial que acusa a fabricante de silenciosa, mas deliberadamente, reduzir o desempenho dos aparelhos iPhone antigos ao lançar novos modelos, como forma de pressionar os consumidores a trocar de aparelho ou comprar novas baterias.
O processo é equivalente a uma ação coletiva e corre em San Jose, na Califórnia. Pelo acordo que está sendo costurado em decorrência da ação, a fabricante concordaria em pagar US$ 25, ou cerca de R$ 110, para cada consumidor, por iPhone – valor que ainda poderá ser ajustado a depender quantos serão os celulares elegíveis à indenização. Mas o mínimo a ser despendido é de US$ 310 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão.
Embora defenda a política adotada, a Apple estaria concordando com um acerto em nível nacional nos EUA para evitar mais custos judiciais. Pelo acordo, serão beneficiados donos de iPhones 6, 6 Plus, 6s, 6s Plus, 7, 7Plus ou SE com sistema iOS 10.2.1 ou posterior. Também cobre donos de iPhones 7 e 7 Plus com iOS 11.2 ou posterior, mas até a data de dezembro de 2017.
A queixa dos consumidores é de que a performance dos aparelhos foi reduzida após a instalação de atualizações de software. E que a prática da Apple os induziu ao erro de acreditar que seus aparelhos estariam no fim da vida útil, exigindo trocas ou novas baterias.
Ainda em 2017, a própria Apple admitiu a prática – e a reclamação dos consumidores acabou forçando a empresa a reduzir o preço de substituição de baterias de US$ 79 para US$ 29. Por conta da mesma prática, a agência de defesa da concorrência da França aplicou, no início de fevereiro deste 2020, uma multa de 25 milhões de euros (cerca de R$ 120 milhões) à Apple
* Com informações da Reuters