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Telecom

Bloqueio de celular em presídios afeta população próxima, diz 5G Americas

Uma nova versão do estudo sobre o bloqueio de celulares em presídios da América Latina ressalta a necessidade de trabalho conjunto de governos e empresas privadas para aumentar a eficácia dessa demanda, já estipulada em legislações por toda a região.

A entidade destaca conflitos sobre o assunto, uma vez que “as soluções tecnológicas existentes para o bloqueio de sinais de radiocomunicação dentro de uma área alcançam a efetividade, no entanto, não apresentam resultados eficientes. Ou seja, o bloqueio de sinal em um presídio procura anular a comunicação, ainda que também gere riscos de afetar o acesso móvel para as populações próximas do local”.

Como aponta a 5G Americas no estudo “Bloqueio de sinais em serviços móviles na América Latina 2018”, as autoridades estatais, muitas vezes em colaboração com a indústria, buscam soluções, todavia nem sempre alcançam acordos sobre a forma de suspensão das comunicações nos centros de detenção. O trabalho aponta diferenças na atribuição de responsabilidades para usar equipamentos deste tipo, e contrapõem as iniciativas de segurança com as demandas do Estado, as metas de cobertura e qualidade de serviços das operadoras móveis.

As experiências na região também mostram que as operadoras móveis são frequentemente punidas, até criminalmente, como cúmplices dos crimes; em particular, quando os bloqueios não são 100% eficazes. “Muitos presídios da América Latina estão localizados em áreas urbanas, portanto, o uso de bloqueadores de sinal afeta dezenas de milhares de usuários em áreas próximas às prisões.”

“Existem várias soluções tecnológicas diferentes que podem ser usados para bloquear sinais de radiocomunicação em uma área específica. Todas estas soluções são eficazes em maior ou menor grau, mas nenhuma é segura. Você pode bloquear cem por cento das comunicações em prisões, mas isso gera o
risco de também bloquear outras comunicações que devem ser realizadas sem interferência”, diz o estudo.


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