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Telecom

Coronavírus faz GSMA cancelar a edição do Mobile World Congress 2020

A GSMA, associação global da indústria móvel e responsável por organizar o Mobile World Congress, comunicou nesta quarta-feira, 12/02, o cancelamento do maior evento de telecomunicações do mundo, que aconteceria em Barcelona, Espanha, entre 24 e 27 de fevereiro, seria a 14ª edição na cidade catalã.

“A GSMA cancelou o MWC Barcelona 2020 por causa das preocupações com o surto de coronavirus”, diz comunicado emitido pela entidade. Ao longo da semana, vários fornecedores desistiram de participar da edição. Segundo a GSMA, o cancelamento da edição – não há qualquer citação a um adiamento – aconteceu em função do possível risco de contágio, já que o evento reúne mais de 100 mil pessoas, de mais de 100 países.

No informe, a GSMA diz que “a cidade de Barcelona respeita e compreende a decisão”, mas se sabe, por reportagem do site Wired, que houve uma forte pressão da GSMA para que a gestão catalã declarasse estado de emergência, mas as autoridades municipais e espanholas se recusavam diante do peso econômico do evento. Matéria do El País mostra que o MWC 2020 criaria mais de 14 mil empregos temporários e uma receita de cerca de US$ 500 milhões.

A GSMA sustenta que o evento 2020 está cancelado e fala já na edição 2021. “Nossa solidariedade nesta hora a todos os afetados na China e ao redor do mundo”, conclui a nota. O risco do coronavírus pesou muito e foi levado muito em conta, mas houve também, nos bastidores, uma forte pressão contra os fabricantes chineses por parte das empresas, em especial, as dos Estados Unidos, que lideraram as ausências, mas tiveram o endosso de fabricantes como Ericsson, Nokia e da operadora japonesa NTT DoCoMo.

O cancelamento do evento – num momento de debate sobre restringir ou não a Huawei nas concorrências do 5G – é ruim para a China e bem favorável aos fornecedores estrangeiros. O último relatório da Organização Mundial de Saúde mostrou que havia no mundo 43.103 casos confirmados de infecção no mundo. A imensa maioria, 42.708, restritos à China. Mas com casos de infecção em viajantes que foram a China e voltaram aos seus países antes do período mais crítico da detecção da doença.


*Com informação da GSMA, da Wired e de agências de notícias

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