Telecom

Ericsson: OpenRAN não mete medo e teles correm o risco de se tornarem redes neutras do 5G

A Ericsson não tem medo de perder contratos por conta dos novos atores do OpenRAN. Para o presidente da Ericsson Latam South, Rodrigo Dienstmann, o efeito prático do OpenRAN, que é uma aliança de fornecedores em open source para telecomunicações, será sentido dentro de três a cinco anos e o executivo lembra que a Ericsson para farte da associação de padronização do OpenRAN.

“O que vamos passar com o OpenRAN não será diferente do que foi com as redes IPs, com a concorrência em TI. As empresas se reinventam. Temos confiança nas nossas capacidades e não temos medo da competição”, sustentou o executivo. Com relação às teles, Dienstmann diz que elas precisam capturar o valor do 5G sob o risco de virem a se tornar tão somente redes neutras 5G com a venda de conectividade. “É tudo que elas não querem, mas precisam criar seus ecossistemas para a captura de valores”, observa o presidente da Ericsson Latam South.

A banda larga móvel fixa advinda do 5G também abre novas frentes de mercado à fabricante. A Ericsson já está abrindo conversações com as redes neutras existentes no país e com os provedores Internet para o fornecimento de tecnologia para o FWA. A Ericsson só não está no mercado de CPEs, o calcanhar de aquiles, uma vez que os preços ainda são bastante altos.

“Mas sabemos que, hoje, um celular 4G de ponta pode custar até R$ 340,00. Acredito que os preços das CPEs vão cair com o avanço da tecnologia. Há muito espaço para FWA em 3,5GHz e há também na faixa de 26 GHZ, onde os blocos permitem alta velocidade, mas tem uma cobertura muito menor, com centenas de metros, mas é plausível para regiões específicas”, completa Dienstmann. 


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