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Ericsson projeta calibragens no edital pelo TCU, mas quer leilão 5G em outubro

A Ericsson não crê que o plenário do Tribunal de Contas da União faça mudanças fundamentais, capazes de determinar o adiamento do leilão 5G, previsto para o final de outubro. A decisão será conhecida nesta quarta-feira, 18/08.

“Pelo que estamos conversando podem acontecer calibragens, até mudanças nos valores, mas não mudanças fundamentais. Há um espírito de fazer acontecer. O 5G se sair no final de outubro poderá estar acontecendo ainda em 2021”, afirmou o novo presidente da Ericsson Latam South, Rodrigo Dienstmann, na sua primeira entrevista coletiva no cargo.

Apesar de cauteloso, Dienstmann se posicionou de forma muito otimista para o leilão 5G acontecer no final de outubro, conforme o cronograma da Anatel, mesmo com as duras críticas feitas ao modelo pela área técnica do TCU. “Não li as 270 páginas do relatório, mas com as devidas precauções acreditamos que vá acontecer. O leilão 5G é um primeiro passo. Ele é importante, mas se tem muito por fazer”, acrescentou o executivo.

A Ericsson – que em abril anunciou a fabricação local de equipamentos 5G com investimentos previstos em R$ 1 billhão de 2020 a 2025 – já está produzindo dois outros rádios e três outros basebands.  E como fez um megaestoque no começo do ano, está superando a falta de insumos global para manter o cronograma de produção.

“Nós não estamos pensando só no Brasil. Já temos 5G no Chile. Teremos no Peru e no Uruguai e o Brasil está exportando para Europa, EUA e até para a China”, adiantou Dienstmann. “Essa é a prova que podemos ser muito competitivos. E além do hardware, temos o software, que é central nas redes definidas por software como o são as infraestruturas 5G”, completa o executivo. A Ericsson projeta que o 5G vai trazer R$ 153 bilhões de valor agregado no 5G, dos R$ 400 bilhões previstos com a digitalização da economia. 


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