Telecom

EUA e Brasil lideram fuga de assinantes na TV paga

Globalmente, o número de assinantes de TV paga cresce e superou 1 bilhão em 2017. Mas esse movimento deve muito à China, que puxou 8 de cada 10 novos assinantes no ano passado. Por outro lado, os Estados Unidos lideram, e o Brasil segue, o caminho na direção contrária. Em pelo menos 14 países esse mercado sobre com o ‘corte dos cabos’, como indica a empresa britânica de pesquisas IHS Markit referindo-se à substituição por serviços de vídeo online.

No ano passado, os EUA perderam 3,3 milhões de assinantes. O Brasil aparece e seguida, como o segundo país com maior redução na base – que segundo números da Anatel significou a perda de mais de 900 mil clientes. Com isso, contribuiu para que pela primeira vez em 15 anos a TV paga tenha ficado menor na América Latina como um todo.
Conforme aponta o levantamento realizado pela empresa britânica, ainda seguem a tendência, pela ordem de recuo, México, Hong Kong, Canadá, Suécia, Dinamarca, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Israel, Venezuela e Irlanda.

“Embora globalmente pareça existir alguma resistência à tendência de ‘cord cutting’, alguns mercados estão realmente sofrendo perdas. Como resposta, um número crescente de operadoras está lançando serviços de streaming para competir diretamente com ofertas de Netlix, Amazon Prime e outras OTTs de vídeo”, afirma o diretor de pesquisas da IHS Markit, Ted Hall. 

Em oitos dos 14 países onde saem mais assinantes do que entram no mercado, as empresas estão sendo capazes de compensar a perda de clientes com aumentos nas receitas, diz a pesquisa. Segundo a empresa britânica, em que pese o recuo no Brasil, as receitas por aqui teriam aumentado 7% no ano passado. Mais que no México (6%), Japão (5%). Suécia, EUA, Nova Zelândia e Noruega perceberam aumentos mais discretos, mas ainda assim crescimento frente à queda de clientes. Na Venezuela, o crescimento das receitas no ano passou de 30%.

A IHS Markit avalia, no entanto, que a tendência de substituição por serviços de vídeo online vai continuar. Até 2022, a adesão ao vídeo streaming deve continuar superando as da TV por assinatura, com a possível exceção de mercados no Oriente Médio e na África. Em cinco anos, mais 409 milhões de assinantes vão buscar serviços de vídeo sob demanda na web, dois terços deles na região da Ásia-Pacífico.


* Com informações da Broadband TV News

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