Oi admite venda da Oi Soluções e prioriza empréstimo de R$ 4 bilhões
O novo plano de recuperação judicial da Oi, aprovado pelo conselho de administração na sexta-feira, 19, detalha a estratégia da empresa para recuperar o reequilíbrio financeiro-econômico diante da crise que a levou ao segundo processo de recuperação judicial e que tem uma dívida assumida de quase R$ 44 bilhões.
A Oi está disposta a vender ativos relevantes, entre eles, o que dá a ela, a chance de estar no mercado B2B, com ofertas de cloud e cibersegurança, a Oi Soluções. Também mantém o plano de vender a parte da tele na V.tal, mesmo com o posicionamento contrário, já oficializado pela Anatel.
A Oi tem dívidas relevantes com empresas do setor de energia elétrica em toda a sua área de atuação e com fornecedores de serviços como Accenture, para quem a dívida está na casa dos R$ 6 milhões, à Ascenty, em R$ 1.100 milhão e até para a Dell Computadores, com uma dívida em torno de R4 800 mil. A lista dos credores da Oi está aqui divulgada.
O ponto-chave da nova recuperação judicial é o financiamento por meio do Novo Empréstimo DIP no valor de R$ 4 bilhões – ou US$ 750 milhões, o que for maior. Esse empréstimo é considerado essencial para o sucesso da segunda recuperação judicial.
A Oi prevê ainda:
Equalização de seu passivo financeiro e reestruturação de créditos concursais, com ou sem o oferecimento de garantias, bem como de créditos extraconcursais aderentes que desejarem receber seus créditos nos termos do Plano de Recuperação Judicial, adequando-os à capacidade de pagamento das Recuperandas, mediante alteração no prazo, nos encargos e na forma de pagamento;
Previsão da captação de uma dívida extraconcursal de ao menos R$ 4 bilhões de reais na forma de um empréstimo extraconcursal superprioritário, nos termos do art. 67 da Lei nº 11.101/2005 e dos termos para a sua garantia firme (backstop);
Prospecção e adoção de medidas a serem negociadas nos instrumentos de dívida a serem firmados durante a recuperação judicial, visando à obtenção de novos recursos, mediante (a) a implementação de eventuais aumentos de capital por meio de subscrição pública ou privada; e (b) contratação de novas linhas de crédito, financiamentos ou outras formas de captação como forma de redução da dívida total da Companhia e o seu refinanciamento; e
Potencial alienação e oneração de bens do ativo permanente (não circulante) das Recuperandas, sob a forma deUPIs ou não, observadas e/ou obtidas eventuais exigências, autorizações ou limitações regulatórias necessárias.
Em comunicado a Oi sustentou que “o plano reflete as negociações realizadas até o momento com nossos principais credores e outras partes interessadas para a reestruturação da dívida”, informou a empresa de telecomunicações, em comunicado. “Continuamos as negociações com credores financeiros e outros credores quirografários em relação aos termos e condições específicos.”
*Com informações da Oi